Por: Ga­bri­e­la Mur­no e Eri­ca Ri­bei­ro

Empresas que trabalham com a tecnologia já estão recebendo solicitações de orçamento dos comitês no Rio de Janeiro

O envio de SMS com propaganda eleitoral começa a ganhar corpo na campanha dos candidatos a prefeito do Rio. Empresas que trabalham com a tecnologia já estão recebendo solicitações de orçamento dos comitês. Por uma questão ética, não informam que candidatos buscam os serviços, mas já percebem um aumento à última eleição. Uma das explicações é o crescimento no número de aparelhos de celular no Brasil, que em maio era de 255 milhões.

Mário Cavalcanti, gerente comercial da Iagente Sistemas, diz que as ferramentas de mobile marketing estão se tornando um meio eficiente de relacionamento com eleitores, desde que cumpridas as exigências da Lei Eleitoral. A empresa é uma das que vem recebendo pedidos de orçamento para pacotes de envio de SMS e email de marketing. O preço médio de uma mensagem é de R$ 0,12.

“Sempre orientamos nossos clientes a seguir regras para que o envio de um SMS não venha a denegrir a imagem do candidato. É essencial que haja um cadastro prévio para que a mensagem seja recebida apenas por quem está interessado. Normalmente, o índice de leitura de um SMS passa de 90%”, explica Segundo ele, aplicativos para smartphones e tablets ainda não justificam o investimento, pela abrangência ainda pequena. “Quem tem um smartphone recebe também SMS e email marketing. A solução se torna viável”, diz.

Para Julio Uchoa, coordenador de TV e mídias sociais da campanha do candidato Otávio Leite (PSDB), o uso de ferramentas online é essencial mas não deve ter caráter invasivo. “A internet é um espaço de compartilhamento, mas é privado. Queremos participar das conversas e explorar a participação espontânea”, explica.

Rodrigo Maia (DEM) e Clarissa Garotinho (PR), candidatos à prefeito e vice no Rio de Janeiro, atualizam pessoalmente suas redes sociais. Segundo a assessoria da campanha, estas ferramentas são fundamentais, pois garantem maior interação com eleitores, principalmente jovens. São publicados temas relacionados ao dia a dia dos candidatos, à agenda da campanha, além de repercussões sobre problemas da cidade.

Sem marketing e agência de publicidade, o uso das mídias sociais também é essencial à campanha de Marcelo Freixo (PSOL). O candidato já conta com mais de 45 mil seguidores no Twitter. Segundo sua assessoria, Freixo utiliza as ferramentas desde 2009. Em 2010, elas tiveram papel importante em sua reeleição para deputado estadual. Paulo Senra, coordenador da campanha da candidata Aspásia Camargo (PV), admite que a internet é fundamental, mas a ferramenta não fará parte da estratégia da candidata.

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