Por: Marcos Assi
Bom, hoje vou acabar revelando minha idade, pois sou da época da maquina de escrever, você lembra ou fez curso de datilografia? Do tempo do Telex, do Fax já é mais moderno, mas o quero dizer com isso?
Então, vamos por partes, uma coisa muito importante é entender a tecnologia que avança muito todos os dias e todos nós de auditoria, controladoria, compliance, controles internos e riscos, devemos buscar entender o que esta acontecendo e buscar melhorias para a organização, mas como podemos fazer isso?
Não faz muito tempo, a TI da sua empresa bloqueava os acessos a e-mail particular, sites ou paginas de internet que não faziam jus ao trabalho exercido pelos colaboradores, mas com o advento dos smartphones, iphones, ipads, tablets, redes sem fio, mobilidade digital, sejam qual for nome, vem à pergunta como posso bloquear os acessos remotos? Não posso.
Temos que apelar pela cultura e educação de nossos colaboradores, afinal as rede sociais possuem um atrativo, que causam até dependência, pode ser que você seja um desses, afinal vai ao banheiro com o aparelho, em reuniões profissionais e de família, na sala de sua casa você não conversa mais, pois manda SMS para a esposa na cozinha, pede para o filho enviar o boletim por e-mail, usa o aparelho no metrô, no ônibus, no carro, afinal não podemos perder tempo, será?
Portanto, como podemos mudar esta cultura do acesso à novidade e acertas bobagens também dentro da empresa? Educando e cobrando resultados, pois estas informações distraem, mas também não podemos viver sem informação, a solução é disciplina, buscar a melhoria do convívio entre trabalho e a informação deve ser mais bem ajustado nas organizações.
Vejamos o que as empresas tem feito com o combate ao tabagismo, mas se um colaborador fumar um maço de cigarro por dia, e a cada descida para fumar, entre idas e vindas, demorar 10 min, quanto tempo de trabalho se perde no dia? E na semana? E com a rede social também pode ocorrer a mesma coisa, portanto devemos orientar e monitorar resultados, pois acredito que a questão é meta x tarefas x resultados x recompensa, pois desta forma podemos criar uma cultura organizacional diferente e sem grande atritos internos, pois aquele profissional que não faz parte deste grupo pode vir a sentir-se desmotivado ou acreditar que este seja o modelo ideal. Pense nisso.
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Não liberar a Internet significa em nome de pseudo problemas inventados pelas empresas, em nome da segurança e da produtividade e, porque não dizer, pela incompetencia dos técnicos de TI. Nada mais é do que a exclusão digital promovida pelas próprias organizações! Enquanto o Governo de um lado batalha para a inclusão digital total dos cidadãos, as empresas consideram o avanço dos sistemas de comunicação como sua propriedade exclusiva, como se fossem criados apenas a serviços das mesmas e ajudar a explorar cada segundo da vida útil dos trabalhadores, já escravos de tantas outras situações. É o mesmo que proibir o uso a quem ajudou a construir a estrada.Tudo tem que ser colocado à disposição das empresas para produzir lucros. Já não basta os baixos salários também precisam dominar a respiração dos seus funcionários. Os administradores dessas organizações com esse perfil, mais cedo ou mais tarde, irão perceber, que essa exclusão digital no ambiente das empresas, que isso foi a decisão errada, pois tiraram a oportunidade de evoluir de seus “colaboradores” ( não gosto da palavra colaborador como é empregada). Não percebem que ninguém fica 100% do tempo produtivo em seu ambiente de trabalho, na velociadade em que tudo deve ser feito. É preciso dar tempo para respirar e viver. No futuro, com certeza, terão em seus quadros pessoas menos evoluidas, com sentimentos de exclusão, e menos produtivas, o que, fatalmente, irá refletir-se na capacidade dessas empresas de sobreviver no mercado e nos seus resultados. Ora, uma empresa não pensa, pois, quem usa o cérebro sãos as pessoas que nela trabalham. Portanto, a forma e o caminho são outros. Deve haver um equilíbrio. No mundo de hoje, investir para desconectar as pessoas, ao meu ver, é o pior investimento. A pergunta que não quer calar: produzir serviços e produtos com selo de qualidade para quem, se os próprios funcionários não serão capazes de entender e de consumir o que se produz ?