Gostaria de tomar a liberdade e compartilhar com vocês uma experiência minha de 2006.

Em 2006, eu estava com 33 anos, era gerente de negócios de um escritório de cobrança e fui responsável pela implantação da cobrança Comercial e de Imóveis da CEF em 16 estados, pois a empresa que eu trabalhava tinha ganhado todas essas licitações. A nossa expectativa era enorme, tanto da empresa como a minha, pois eu teria além do salário fixo mais um % sobre o faturamento, a minha dedicação era irrestrita, trabalhava 12 até 14 horas por dia.

Esse é só o pano de fundo para o que eu gostaria de chamar a atenção, pois o nosso artigo de hoje é sobre o investimento que fazemos na nossa carreira, comparado ao custo para nossa saúde e nossa família.

Um dia, nessa época, estava atrasado e quando cheguei à estação, o trem já estava parado e deu aquelas famosas apitadas para partir, então, sai correndo na maior velocidade possível, desci uma escada de uns 30 degraus e corri mais uns 25 metros para encontrar um vagão que conseguisse entrar, quando dei por mim estava parado dentro do trem sem fôlego e quase tendo um ataque cardíaco. Para mim que não era sedentário antes de casar, foi uma constatação terrível, no fim de semana seguinte comecei a correr, foi quando constatei que não conseguia correr mais do que 2 km e 15 minutos ininterruptos. Desde então tenho praticado corrida, e no fim de 2006 consegui finalizar uma prova de 15 km em 01h23min, e nos últimos 2 anos acrescentei musculação aos treinos semanais e após o Check-up desse ano (2012) comecei a correr com uma assessoria de corrida para aperfeiçoar a minha técnica.

Existe um filme que ilustra isso de maneira extremamente profunda e hilária, “Click” com Adan Sandler de 2006, se você não assistiu ainda é a garantia de boas risadas, e para mim foi mais do que engraçado, foi impactante, resumidamente um executivo de meia idade recebe um controle remoto que lhe permite acelerar as partes da sua vida que são mais chatas (na sua visão), então como estava sempre exausto, acelerou as partes de relacionamento com a sua esposa e filhos, e também de cuidar de seu corpo, isso lhe causou problemas enormes no relacionamento futuro com sua esposa e filhos quando tinha tempo pra eles, e ficou tão gordo depois de 15 anos que estava tendo sérios problemas de saúde também.

Ou seja, naquela época eu estava pensando somente no trabalho a exemplo do filme e esquecendo-se da minha saúde, não vou explorar o tema família no artigo de hoje, mas gostaria de ressaltar que é a célula mais importante da sociedade e precisa ser cuidada para não causar um câncer na sua vida.

Se você não sabe como está o seu condicionamento físico, faça um pequeno teste, por favor, tome cuidado e não exagere, coloque um tênis com bom amortecimento, uma bermuda e uma camiseta, vá para o parque mais próximo ou para uma rua tranqüila e tente correr entre 5 e 10 minutos em um ritmo bem leve, veja como está a resposta do seu corpo.

Existe ainda um teste mais simples para saber o seu condicionamento físico, você pode medir o batimento cardíaco basal, o método é o seguinte:

- quando acordar (sem despertador) você deve medir o seu batimento cardíaco, de preferência no pescoço e auxiliado por um cronometro;

- resultado em linhas gerais:

- acima de 80 batimentos por minuto = sedentário;

- de 70 a 80 batimentos por minuto = praticamente de atividade leve;

- de 60 a 70 batimentos por minuto = atleta amador;

- abaixo de 60 batimentos por minuto = atleta

Depois de um ou outro teste, se a constatação for a que eu imagino, procure uma academia ou assessoria de corrida que poderão te auxiliar a se desenvolver sem riscos.

Para perdermos o condicionamento físico é mais rápido do que para ganha-lo e se você esta há um ano ou mais sem atividade física, provavelmente não terá um resultado muito bom.

Posso te garantir que fazer uma atividade física regular, pelo menos três vezes na semana, irá fazer toda a diferença na sua vida profissional e pessoal, essa atitude vai te garantir longos e saudáveis anos a mais na sua vida.

Gostaria de acrescentar um último ponto, os dias de hoje pedem muita resiliência dos executivos, e ser “resiliente” sem estar preparado é muito arriscado, você pode morrer!

Espero que tenham gostado.

Boa sorte e bom treino a todos!

Arnaldo Palma

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