Por: Gilson Schwartz
Os cursos de pós-graduação conhecidos como MBA (“Master of Business Administration”) estão com os dias contados.
O executivo de negócios ou o aspirante a empreendedor que se matricula nos caríssimos MBAs acaba confinado, feito gado, em centenas de horas torturantes de “palestrismo”, em alguns casos coroados de um estágio em uma universidade estrangeira.
Se era para fazer melhor do que as escolas e universidades medievais, qual é a razão dos MBAs, afinal, sucumbirem ao mesmo modelo que nunca serviu para a inteligência dos negócios?
Mudou algo muito radical em todo o capitalismo global: uma crise de proporções inéditas e consequências ainda incertas. Nesse contexto, administrar bem o legado e ser bom gestor do negócio, em muitos casos, pode significar a morte certa.
Afinal, em um ambiente de crise e incertezas, mais que ser um “master” da gestão é preciso ser um mago da inovação.
Enquanto nada substitui com eficácia os MBAs, o mercado se acendeu para uma “bolha de start-ups” ou “startopia” (de “start up”, o termo para empresa nascente e altamente inovadora).
O sonho de inventar um negócio com poucos amigos, dando de ombros para o diploma e gerando anos depois bilhões em riqueza, parece o legado de “São” Steve Jobs.
Os jovens empreendedores estão menos preocupados com a “business administration”, pois o que interessa é ser um mestre na criação de negócios ou na inovação em processos, produtos e projetos em crise.
Sugiro que se crie um “MBC”, a saber, um “Master of Business Creation”. Enquanto isso, os MBAs estão condenados a virar cursinhos de administração em ruínas.
Gilson Schwartz é professor da USP e líder dos grupos Cidade do Conhecimento e “Iconomia”
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A meu ver, os comentários têm uma visão imediatista e se valem do que se denomina em lógica de uma “generalização apressada”, ou seja usar uma exceção para tentar comprovar um fato real.
Algumas pessoas são efetivamente dotadas a ponto de serem bem sucedidas sem cursar universidades, MBA, etc. Já se perguntaram, entretanto, que percentual essas pessoas representam no contexto global? Mal comparando, é como o garoto que inicia no futebol imaginando que pode alcançar o sucesso de um Pelé, de um Zico. O estudo, a qualificação profissional são cada vez mais importantes, tão mais seletivo se torna o mercado de trabalho.
Diante da brilhante matéria, comento: Entendo que estudar é mais que necessário, pois, o aperfeiçoamento e conhecimento é um ato contínuo pra vida; porém, façamos uma pergunta como ser um bom emprendedor ? outra pergunta qual faculdade os empresários Silvio Santos, empresário Abilio Diniz, empresário Samuel Klaim,empresário João Claudino e outros do mundo dos negócios cursaram MBA, hoje surgiram novos modismos no mercado, mas anteriormente a intuição e a dedicação do corpo e da alma fazia a diferença no comerciante, hoje se pensa no retorno milionário muito rápido, e daí todos correm para os MBA, sem de fato ter certeza do milagre que alguns cursos prometem.