O namoro foi longo entre as empresas Intervalor e a arvato, líder em prestação de serviços e tecnologia. Segundo Luís Carlos Bento, presidente da Intervalor, a ideia do grupo arvato em se tornar acionista da Intervalor surgiu há três anos, junto com a intenção dos alemães de investir em soluções financeiras no mercado brasileiro. Mesmo com encontros e desencontros, a parceria finalmente foi consolidada em junho, com a venda de ações da Intervalor, e já promete nos próximos seis meses uma série de mudanças e novos produtos que serão lançados no mercado brasileiro.

“Uma das áreas que eles têm forte atuação é a de Risk Management, que seguramente pode nos ajudar consideravelmente. A arvato detém o maior call center da Europa e também uma das maiores empresas de cobrança do mundo. Eles têm um grande conhecimento de suas regiões e a gente já pode perceber que algumas soluções usadas em alguns países podem ser perfeitamente adotadas aqui”, comemora Bento.

No mercado europeu, uma característica do segmento de e-commerce é a entrega do produto ao consumidor, antes que o pagamento seja realizado. “Compete à arvato garantir o pagamento ao fornecedor. Não sei como isso funcionaria no Brasil, mas é uma nova possibilidade”, continua o presidente da Intervalor.

Junto com a arvato, a Intervalor ganha ainda expertise em sistemas de prevenção de fraudes e networking nos outros 41 países em que o grupo atua. “A Intervalor será a plataforma de expansão para toda a América Latina”, defende Bento. Apesar da intenção de expandir seus mercados internacionalmente, a Intervalor não cultiva a ideia de abrir novas filiais no Brasil, pois entende que a empresa pode atuar centralizadamente de São Paulo em todo o País.

Já em relação ao atual momento econômico, Bento admite a dificuldade comum de manter resultados e acrescenta que, além de uma conversa franca com clientes, para expor os entraves da recuperação, os empresários apostem em tecnologia para cumprir metas determinadas pelos clientes. “Estamos em um momento ambíguo, em que a inadimplência cresce, mas por outro lado a razão da inadimplência é a perda de emprego, o que diminui a capacidade de pagamento. Precisamos fazer mais com menos, investir em analytics, modelagens, CPC e buscar um conjunto de alternativas, como treinamentos, para manter e até maximizar resultados”, finaliza o CEO.

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