Ser da classe C, autônomo, ter gasto fixo com aluguel e possuir baixa escolaridade são algumas das características dos consumidores inadimplentes, indica pesquisa encomendada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Por outro lado, pertencer às classes A, D ou E, ser funcionário público e estar empregado há mais de cinco anos são atributos relacionados a quem mantém as contas em dia.
Consumidores da classe C respondem por 47% das dívidas, mostra o levantamento. “É natural que a inadimplência esteja focada nos extratos médios da sociedade, se considerarmos que esses brasileiros passaram a ter acesso a crédito barato e desburocratizado em um passado muito recente, sem saber como utilizá-lo de maneira planejada”, avalia Flávio Borges, gerente financeiro do SPC Brasil.
Dos inadimplentes pesquisados, consumidores das classes A e E, representam apenas 3%. “Consumidores das classes A e E têm o hábito de pagar compromissos a vista, embora os motivos sejam diferentes. Os mais ricos têm ‘gordura’ para gastar: pagam a vista e, quando parcelam, tendem a honrar seus compromissos. Já os mais pobres não parcelam, porque raramente têm acesso ao crédito e optam por pagar a maioria das contas com dinheiro”, explica o especialista.
Outra dificuldade enfrentada pelos consumidores para pagar as contas em dia é o aluguel. Na avaliação dos economistas do SPC Brasil, esse tipo de despesa alta consome um percentual considerável do orçamento familiar e colabora para que haja menos dinheiro disponível para o pagamento das outras contas. Dos entrevistados com as contas em dia, 22% também pagam aluguel. Dos que estão com as contas em atraso, o número daqueles que moram em casas alugadas sobe para 33%.
O acesso à informação pode ser um facilitador na hora de pagar as contas. A parcela de consumidores adimplentes com nível superior é de 27%. Esses mesmos consumidores entre a amostra de inadimplentes cai para 16%. “Provavelmente são pessoas com acesso à informação, que procuram condições melhores de financiamento e que possuem maior facilidade para se programarem na hora de adquirir um bem a prazo”, avalia Ana Paula Bastos, economista do SPC Brasil.
Podem ser tornar maus pagadores os profissionais com menor estabilidade no emprego e que não podem contar com um salário fixo no final do mês. É o caso dos autônomos, que representam 15% entre a amostra de adimplentes e têm o percentual quase dobrado (28%), quando comparados com a parcela de inadimplentes.
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Vamos ser sinceros, isto já era previsível concordam, com um “poder” de compra maior, taxas e “facilidades” para o crédito, sem uma adequada e preventiva Educação Financeira, controle de gastos (compras) isso é consequência! Deveria ser ensinado em sala de aula, conhecer sua capacidade de gastos e saber usar um “controle financeiro”, prevenção com certeza ajudaria. Agora só vemos uma alternativa, negociar os atrasos.
Acadêmico graduação ESCOOP Faculdade Superior de Cooperativismo Poa/RS