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Quem disse que o e-mail estava morto?

por: Afonso Bazolli
em: Vendas
fonte: Piattino
31 de agosto de 2020 - 17:03

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O e-mail já foi morto e velado diversas vezes em praça pública. As redes sociais, os aplicativos de mensagens e até aplicações corporativas, como o Slack, são citados como os responsáveis pela agonia dessa ferramenta dos primórdios da internet.

Mas, parafraseando o humorista americano Mark Twain, as notícias sobre a morte do e-mail parecem exageradas. A mensagem eletrônica está mais viva do que nunca. Hoje, são 4 milhões de contas ativas e 230 bilhões de mensagens trocadas diariamente.

Agora, uma startup do Vale do Silício está ganhando projeção com uma ferramenta que que cria um modelo de negócio para as velhas e surradas newsletters.

Fundada em 2017 pelos jovens Christopher Best, Hamish McKenzie e Jairaj Sethi, a Substack acaba de receber US$ 15,3 milhões em uma rodada de investimento série A liderada pela Andreessen Horowitz, um dos fundos mais influentes do Vale do Silício, fundado por Marc Andreessen e Ben Horowitz.

Num primeiro momento, pode-se estranhar o fato de que um dos mais bem-sucedidos e respeitados fundo de venture capital aposte em uma companhia cujo negócio explora uma tecnologia criada na década de 1960 e que teve seu auge 30 anos depois.

Mas o aporte na Substack faz sentido. Segundo a PR Newswire, esse mercado pode valer mais de US$ 22 bilhões até 2024. E a Substack tem potencial para ser um player importante no setor.

O The Information, um dos sites mais influentes do Vale do Silício, classificou a Substack como uma das “cinco startups para ficar de olho em 2019″. Seu diferencial está no fato de focar apenas em newsletters e permitir um modelo de assinatura pago, gerando receita direta aos autores dos conteúdos.

Os fundadores da Substack: (da esq. a dir.) Hamish McKenzie, Christopher Best e Jairaj Seth

“Nós só começamos a ganhar dinheiro quando os produtores de conteúdo também o fazem”, disse ao NeoFeed Hamish McKenzie, COO e cofundador da Substack.

Com 50 mil usuários pagantes, a plataforma tem experimentado um crescimento de 40% mensais e, apesar disso, não se mostra preocupada com as cifras. “Não estamos focados no lucro, mas nossa renda tem crescido de forma otimista”, diz McKenzie

As assinaturas vão de US$ 5 a US$ 75 por mês. As 12 newsletter mais populares do Substack ganham cerca de US$ 160 mil anuais cada uma delas.

A startup fica com 10% da renda levantada com as inscrições dos usuários que optam por cobrar suas newsletter, há um modelo grátis. “Também cobramos uma taxa de 2,9% mais 30 centavos de dólar por cada transação feita com cartão de crédito”, afirma McKenzie.

Desde sua fundação, a novata já captou US$ 17,4 milhões. Além da Andreeseen Horowitz, que tem no portfólio gigantes como Lyft, Slack e Pinterest, embarcaram também nessa ideia a Y Combinator e UpHonest Capital.

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