Por: Fernando Mantovani
*Por Isis Borge Sangiovani
Muitos candidatos não se atentam ao verdadeiro objetivo da entrevista em um processo seletivo. Quem está habituado a entrevistar inúmeros profissionais diariamente nota uma enorme diferença entre aqueles que vêm preparados com informações numéricas de suas experiências anteriores e aqueles que vêm sem esse preparo. Alguns ficam muito tempo falando sobre a empresa, o momento que ela está passando, o que a companhia faz e se esquecem de contar o que efetivamente fizeram em cada uma de suas experiências e quanto a sua participação naquele período contribuiu para o sucesso das organizações.
A entrevista é uma oportunidade para o profissional apresentar o seu potencial e com dados históricos de suas contribuições nas empresas anteriores e atual. Para aproveitar essa oportunidade, o ideal é que a pessoa se prepare, por exemplo, com um resumo das informações mais relevantes para que na entrevista consiga listar quais foram as suas realizações mais importantes em cada companhia e saiba dizer dados que estão atrelados à sua função. O candidato que sabe dizer com precisão a sua efetiva contribuição já ganha vantagem no processo seletivo que está participando.
Lembrar-se dos dados de cada uma de suas experiências profissionais e, se possuir uma vasta bagagem, saber mensurar em dados os últimos dez anos é fundamental dentro de um processo de seleção. Por exemplo, se o candidato for um comprador precisa saber apresentar o tamanho de sua carteira, a quantidade de fornecedores, saber mostrar o quanto ele realiza de compras spots e quantas são por contrato. Já para aqueles que são profissionais da área de logística e que cuidam de um centro de distribuição é essencial saber informar a área total desse centro em metros quadrados, em estruturas porta pallets, a acuracidade do inventário em estoque além de contabilizar quantos tipos de peças estavam sob sua responsabilidade, e assim dentro de cada segmento.
Uma dica importante durante a entrevista é que o profissional não tente ler os dados que estão escritos no seu currículo, que deve ser apenas um resumo bem objetivo de suas experiências. O recomendado é uma página de extensão para um profissional mais júnior e duas páginas para aquele profissional mais sênior, já que o detalhamento das informações deve ser passado pessoalmente durante a entrevista. Quando ele não sabe dizer informações sobre suas experiências ou quando o discurso é genérico perde-se credibilidade. Candidatos que sabem explicar a participação dele na empresa, quantificar as melhorias que ele tenha feito e o quanto isso trouxe de retorno para a empresa com certeza passarão uma imagem boa para o entrevistador. É claro que as informações passadas devem ser verídicas, já que os dados serão checados com as referências anteriores.
Em suma, o importante é o candidato aproveitar a oportunidade da entrevista para mostrar os dados mais relevantes de seu histórico profissional de forma que a conversa seja objetiva, mas com conteúdo. Investir mais tempo falando dele do que de a respeito de informações que são facilmente pesquisadas sobre a empresa. Não perder tempo falando mal da empresa ou de chefe/colegas e sim abraçar a chance de mostrar o quanto ele de fato conseguirá contribuir para o futuro contratante. Venda a sua experiência!
Isis Borge Sangiovani é especialista de recrutamento da Divisão de Engenharia da Robert Half
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Isis, Parabéns pelo conteúdo de seu artigo muito bem redigido!
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Isis Borges é uma excelente e competente profissional na área de RH/ Head Hunting!