Três em cada dez consumidores não se atentaram as taxas e juros antes de contratar um cartão de loja. Modalidade que mais deixa consumidores com o nome sujo é o cartão de crédito
Seja na hora das compras, na agência bancária ou pelo telefone, quem nunca recebeu a oferta de um cartão? Ou até mesmo um empréstimo fácil, rápido e sem burocracia? Uma pesquisa realizada em todos os Estados e no Distrito Federal pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) investigou oito diferentes modalidades de crédito e descobriu que praticamente a metade (49%) dos usuários de cartões de crédito e de cartões de loja adquiriram essa ferramenta de pagamento não por iniciativa própria, mas após serem abordados por uma instituição bancária ou por um estabelecimento comercial. No caso do cheque especial, o percentual sobe um pouco mais para 50,3%.
Outro dado que desperta atenção é que uma parte considerável de entrevistados efetivou a contratação do serviço sem se atentar às suas condições financeiras. Segundo o levantamento, dentre todos os tipos de créditos investigados, o cheque especial e o cartão de loja foram as modalidades em que os entrevistados menos analisaram as tarifas e juros cobrados, quando comparado a média geral: 31,2% e 29,9% dos respectivos usuários não deram a atenção devida a esses pontos. No caso do cartão de crédito, 26,9% foram negligentes na hora de avaliar essas condições.
Empréstimo pessoal em bancos (55,0%), crediário (58,5%), financiamento (65,7%) e empréstimo consignado (55,2%) são as únicas modalidades de crédito em que a maioria de seus usuários tiveram a iniciativa própria de realizar a contratação, em vez de serem abordados.
Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a facilidade na obtenção de crédito pode esconder armadilhas que tornam as dívidas ainda maiores quando há atrasos, prejudicando a saúde financeira do consumidor. “A facilidade de crédito pode acabar estimulando vontades até então inexistentes, o que acaba servindo como primeiro passo para gastos impensados e acima dos limites do orçamento. O cartão de crédito, por exemplo, é uma excelente ferramenta para organização financeira, mas se não for utilizada racionalmente, pode dar a falsa impressão de que sempre haverá dinheiro sobrando para ser gasto”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
A pesquisa aponta também que a modalidade de crédito que mais leva os consumidores a ficarem inadimplentes é o cartão de crédito. Entre aqueles que têm essa forma de pagamento, 38,7% foram negativados justamente por terem atrasado a fatura do cartão. O crediário levou 32,7% dos seus usuários à inadimplência. Em seguida aparecem o empréstimo pessoal em bancos (28,1%), cheque especial (25,8%) e cartão de loja (25,7%). Completam o ranking, o empréstimo pessoal em financeiras (24,9%), os financiamentos (17,0%) e o empréstimo consignado (11,2%), este último, descontado direto da folha de pagamento. “O consumidor deve desconfiar de todas as formas fáceis de crédito, pois quanto mais fácil for o acesso, mais altos tendem a ser os juros cobrados nas operações. A princípio tudo parece simples e sem custo, mas uma hora a conta chega para pagar e é preciso ter isso em mente”, explica o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli.
CADASTRE-SE no Blog Televendas & Cobrança e receba semanalmente por e-mail nosso Newsletter com os principais artigos, vagas, notícias do mercado, além de concorrer a prêmios mensais.
Acredito que o momento atual econômico, tem frustrado o orçamento de pessoas e familias brasileiras, diante da avassaladora crise do desemprego, e esse cenário tem levado aqueles que precisam á uma valvula de escape chamada ” cartão de credito ” .
Então, pela necessidade imediata não faz as contas do tamanho do custo cobrado posteriormente, pois, não tem outra saída.
Quando encontra uma saída no orçamento e vai fazer um levantamento, se dá conta que não consegue pagar a divida pois, os juros são astronômicos, o que lhe resta é negociar e enquanto isso o nome fica negativado.
As instituições financeira ” DEVERIAM ” ajudar esses consumidores diminuindo as taxas e tarifas de juros assim restabelecer um cliente ao cenario econômico.