Dados revelam que os jovens da geração Z possuem afinidade com o modelo de negócio de startups e têm se inserido nesse mercado
No Brasil, as startups têm se desenvolvido e conquistado espaço significativo no mercado, em 2018, o país teve sua primeira startup unicórnio, o aplicativo de transporte 99, e, atualmente o Brasil se classifica entre os 10 países com o maior número de startups avaliadas acima de 1 bilhão de reais, com uma relação total de 16 unicórnios em um levantamento feito entre 13.465 startups em todo o país, de acordo com a StartupBase.
Dessa forma, a geração que está iniciando sua jornada financeira e no mercado de trabalho, sente uma afinidade com a proposta de desenvolvimentos desse modelo de negócio.
O mercado de startups está conquistando os jovens da geração Z em alguns aspectos, como na procura de oportunidades de empregos e até mesmo para investimentos.
Enfatiza-se que esses modelos de negócio possuem características que vão de encontro às habilidades presentes na geração Z: domínio e desenvolvimento de tecnologias, inovação e criatividade para concepção da empresa, otimismo e independência no desenvolvimento do trabalho e ausência de hierarquia.
É importante entender também como esses jovens atuam no mercado de trabalho e quais os seus objetivos. Sou CEO e Fundador da Academia do Universitário (AU), HRTech especializada em recrutamento e processo seletivo de jovens talentos, fundou a startup em 2018 quando tinha apenas 21 anos.
Eu passei a ter mais afinidade com o empreendedorismo quando fiquei dois anos dentro de uma empresa júnior e quando fiquei imerso num ambiente empreendedor ao estagiar, estágio esse que demorei bastante pra conseguir. Isso me instigou a montar a minha própria empresa e estudar mais sobre o modelo de negócios de uma startup, que tem como foco a escalabilidade.
Durante a trajetória da AU, a empresa sempre contou com a maioria de seus colaboradores sendo da Geração Z, hoje, mais de 88%, dentre eles, estagiários, assistentes, analistas e sócios fazem parte dos também conhecidos como a geração dos nativos digitais.
Os jovens da Geração Z têm a tendência de se identificarem no ambiente organizacional com profissionais pertencentes à sua geração.
Estes jovens estão acostumados ao imediatismo, são habilidosos com a tecnologia e estão habituados com o ritmo mais acelerado para realizarem suas atividades, muitas vezes não compreendendo ou sendo incompreendidos por seus colegas das gerações anteriores.
Não existem ainda muitas informações e pesquisas em relação aos perfis dos gestores de startups, entretanto, pesquisa mostra que, a proatividade com relação aos meios digitais leva muitos jovens da geração Z a desejarem ter sua própria startup, já que são indivíduos que nasceram para empreender e empregar.
Em dados trazidos pelo artigo “Identidade da Geração Z na Gestão de Startups”, a identidade dos gestores da geração Z nas startups apresentou elementos como autoconfiança, otimismo, imediatismo, coragem, impulsividade, confiança, habilidade para ser multitarefas, inexperiência, ser avessos a hierarquias, preocupação com a satisfação pessoal no trabalho, gostar de desafios e ter o empreendedorismo contínuo como opção de carreira.
Entretanto, mesmo que haja afinidade e interesse da geração Z em relação ao modelo de negócio das startups, e que essa geração realmente esteja cada vez mais presente nesse mercado, em dados trazidos pelo livro do investidor de risco Ali Tamaseb, a idade média em que os fundadores iniciaram seus negócios que atingiram bilhões de dólares, é de 34 anos.
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