Por: Marcelo Caetano
É fácil notar em uma organização quando existe confiança ou não entre membros da equipe ou entre a equipe e seu líder.
Nos ambientes em que há confiança, tudo acontece naturalmente, há velocidade na execução das tarefas e as pessoas não perdem tempo pensando se aquela atitude ou decisão tem alguma segunda intenção, afinal, elas confiam.
Nas empresas em que não existe confiança, o ambiente é sempre pesado e a cada decisão tomada as pessoas se preocupam muito menos em dar sugestões e mais em entender qual a ideia que existe por trás daquela informação.
Não estou dizendo que as pessoas que trabalham juntas precisam se adorar, mas, sim, que é necessário estabelecer um ambiente de confiança entre os membros da equipe para que os resultados que tanto desejamos sejam alcançados.
Pensando nisso, reuni algumas dicas simples que podem partir de você para manter o ambiente de confiança:
- Dê crédito aos donos das ideias, não roube uma ideia ou diga que ela é sua se na realidade foi criada por outra pessoa;
- Quando cometer erros, assuma;
- Só prometa o que puder cumprir;
- Cobre-se antes, depois cobre os outros;
- Escute primeiro, fale depois;
- Seja transparente, é bem melhor do que ser falso.
Você pode estar se perguntando onde quero chegar falando sobre confiança se no título do artigo eu disse que também ia falar sobre desconto. Acertei? Pois a resposta é simples: será que seu cliente confiará em seu preço se ele tiver sucessivas oscilações? Será que você toma atitudes que fazem com que os clientes realmente acreditem no valor do seu produto, que é traduzido pelo preço?
Qual sua relação com uma empresa quando você compra um produto e dias depois descobre que ele está com 50% de desconto? No mínimo, você sente uma grande raiva. Por isso, cultivar a confiança do seu cliente é fundamental, e o preço é um importante fator.
Vou dar um exemplo que vai fazê-lo entender minha opinião…
Em 2008, ano que começou muito bem e terminou muito mal, pude notar como algumas marcas de automóveis trabalham o preço e como isso impacta na forma como os clientes veem essa postura e, consequentemente, como isso influencia na decisão de compra futura.
Naquele ano, um SUV (carro híbrido para estrada e cidade) top de linha da marca X era vendido, antes da virada do mercado, por R$ 127 mil; três meses depois, o preço caiu para R$ 87 mil.
Ou seja, quem comprou esse carro 0km antes da crise pode ter perdido, em menos de um ano R$ 40 mim – fora a depreciação do veículo.
Será que esse cliente voltará a comprar outro carro da mesma marca? Você pode pensar que isso foi um azar, que felizmente não foi meu, mas vou insistir na pergunta: você compraria?
O recado final é: mantenha uma coerência nos preços ou seus clientes vão tentar sempre negociar com você, pois sabem tudo o que sua empresa tem para queimar!
Pense nisso!
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