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Desafio da segmentação 11 perfis de consumidores brasileiros

por: Afonso Bazolli
fonte: Mundo do Marketing
03 de novembro de 2014 - 18:06

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Dividir a população em classes ou por faixa etária já não basta para atender a clientes interessados em ofertas personalizadas. Conheça os nichos identificados pela Serasa Experian

Por: Renata Leite

Diante de consumidores cada vez mais interessados em ofertas personalizadas, separar a população brasileira apenas em classes A, B, C e D ou por gênero e faixa etária já não é mais suficiente. As empresas têm hoje o desafio de identificar nichos mais específicos para direcionar de forma certeira produtos e peças de comunicação. Segundo a Serasa Experian, 11 perfis dominantes se sobressaem no país, entre os indivíduos com mais de 18 anos.

A complexidade brasileira é grande diante da diversidade de culturas e cenários sociais presentes em todo o vasto território. No estudo Mosaic Brasil, a Serasa Experian identificou grupos encontrados por meio da combinação de dados de renda, condições geográficas, comportamento, cultura, possibilidades locais, política e demais contextos que envolvem cada parcela da população. A segmentação pode auxiliar no processo de definição de público-alvo, identificação de cliente mais rentável, composição de mix de produtos para um determinado target, definição de modelo de comunicação, entre outros.

O perfil A é composto pelas Elites Brasileiras, formado por adultos com mais de 30 anos, alta escolaridade, bem-empregados ou donos do próprio negócio e que desfrutam de um alto padrão de vida. Essa parcela compra automóveis de luxo, faz viagens internacionais, frequenta bons restaurantes e valoriza produtos exclusivos. Em geral, não são conservadores – costumam ser muito abertos a novidades. Por outro lado, apresentam tendência ao ceticismo com relação ao desenvolvimento do país.

O grupo B, denominado de Experientes Urbanos de Vida Confortável, é formado predominantemente por pessoas de meia-idade, com uma longa trajetória profissional e com estabilidade financeira. Nele, encontram-se moradores de áreas urbanas, maduros, desfrutando de um bom padrão de vida. Possuem mais de 50 anos e alguns já estão aposentados. Aqueles que trabalham não têm muito tempo livre, mas procuram realizar atividades de lazer, principalmente nos fins de semana. Reuniões familiares são mais frequentes e viagens de férias também costumam ser uma das formas de lazer.

O perfil C é chamado de Juventude Trabalhadora Urbana e composto por jovens com até 35 anos, em início de carreira, mas ainda buscando aumentar sua escolaridade, que já é superior à dos pais. São otimistas e antenados, com acesso à tecnologia e de olho nas tendências. São modernos, gostam de se divertir e, quando podem, aproveitam para viajar – de preferência para regiões de praia, com amigos ou namorados.

O perfil D, de Jovens da Periferia, mora em zonas afastadas das áreas urbanas e conta com poucas oportunidades. As limitações no acesso à educação e na infraestrutura dos bairros onde mora torna mais difícil a rotina, mas muitos viram a vida melhorar e acreditam em um futuro melhor. Em sua maioria solteiros, esses jovens trabalham e contribuem efetivamente com o sustento do lar, geralmente dividido com demais parentes. Destaca-se a presença de mulheres chefes de família.

Já o grupo E, denominado Adultos Urbanos Estabelecidos, é composto por pessoas entre os 30 e 60 anos, com boa escolaridade. Elas conquistaram uma vida profissional e financeira estável, ainda que sem luxos. São consumidores mais cautelosos e pessoas com perfil mais conservador, que valorizam a família e as conquistas que obtiveram, segundo eles, com o próprio esforço. Tradicionais também em relação aos meios de comunicação, vêm aos poucos adquirindo mais confiança na busca por informação e compras pela internet.

No perfil F, Envelhecendo no Século XXI, aparecem os aposentados da Classe Média, com hábitos arraigados, fruto do aumento da expectativa de vida. Usufruem hoje de melhores condições, devido à renda da aposentadoria e do maior acesso a serviços de saúde. Ainda assim, sentem nostalgia dos tempos mais simples. A tendência para as próximas décadas é o crescimento desse grupo no Brasil.

O grupo G reúne os Donos de Negócio, formado predominantemente por homens, na faixa entre 25 e 55 anos, que têm seu próprio empreendimento. Investiram suas economias e começam a ver o resultado, ainda que com algumas instabilidades. São em sua maioria casados, otimistas, e pensam em deixar um patrimônio para as futuras gerações da família. Esperam que o Brasil cresça e lhes ofereça cada vez mais oportunidades. Almejam um foco do governo em seu segmento, com ações que facilitem o dia a dia do pequeno e médio empreendedor.

O grupo H, da Massa Trabalhadora Urbana, é constituído por homens e mulheres casados, com baixa remuneração, ocupando atividades associadas ao trabalho manual e vivendo em grandes centros urbanos. Formam a massa de trabalhadores com baixa escolaridade e renda, que vivem as vantagens e desvantagens das grandes cidades: o acesso ao consumo e à informação e os problemas de mobilidade e o alto custo de vida.

No perfil I, dos Moradores de Áreas Empobrecidas do Sul e do Sudeste, estão adultos, concentrados na faixa etária entre 36 e 70 anos, morando em locais pobres tanto em grandes cidades, como no interior. São trabalhadores com escolaridade e renda baixas, morando em áreas precárias, com difícil acesso a espaços e serviços públicos. Nos últimos anos, viram seu poder de consumo crescer, indo além das necessidades mais imediatas.

Já o perfil J, dos Habitantes de Zonas Precárias, é formado por pessoas pobres, habitando áreas de baixo desenvolvimento econômico, em geral no Nordeste e Norte do País. São homens e mulheres que vivem próximos à linha de pobreza e, por isso, dependem de programas sociais. A baixa renda e escolaridade é agravada por estarem em regiões com acesso restrito a serviços públicos.

Por último, o grupo K reúne os Habitantes das Áreas Rurais e é formado por homens e mulheres vivendo em setores censitários classificados como rurais. A idade média beira os 50 anos, com baixa escolaridade. Essas pessoas moraram a vida toda em áreas rurais e isso define muito sobre elas: o trabalho para o agronegócio ou em lavoura para consumo próprio, a dificuldade para acessar educação e outros serviços públicos e o amor à terra.

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