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14 de dezembro de 2014 - 14:07

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Não são apenas os países emergentes, como o Brasil, que veem crescer o número de consumidores que trocaram o telefone fixo de casa por um celular. Uma pesquisa divulgada ontem, no Estados Unidos, revelou que 41% dos lares americanos não possuem linhas fixas. O estudo é do Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês).

De acordo com relatório do CDC, o perfil dos lares que optaram pelo celular tende a ser de pessoas mais jovens e mais pobres, que vivem de aluguel e possuem ascendência hispânica.

A pesquisa classifica como domicílios “apenas móveis” os lares que tiverem ao menos uma linha de telefonia celular e nenhuma linha fixa.

Os números do CDC são baseados na Entrevista Nacional de Saúde, uma pesquisa realizada ao longo do ano para coletar informações sobre o estado e cuidados de saúde da população americana.

O instituto coletou dados em 21.512 domicílios. Desde 2003, os pesquisadores do CDC perguntam se os entrevistados têm telefone fixo, como parte de um esforço para melhorar a precisão de estimativas de saúde do CDC.

Hoje, quase 70% das pessoas com idade entre 25 e 29 anos viviam em lares apenas com telefones móveis. Três em cada quatro adultos viviam em domicílios “apenas móveis” e 61,7% moravam em casas alugadas sem telefone fixo. Entre as pessoas que só possuem telefone celular, 56% têm renda para serem classificadas “em situação de pobreza”, enquanto 53% são hispânicos.

Brasil

Por aqui, o domínio dos celulares é ainda maior. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base no ano de 2012, 51,3% dos lares brasileiros (ou 32,2 milhões de domicílios) usam apenas linhas de celular, e não têm telefone fixo. Em 2011, as casas sem linhas fixas eram 49,7% do total de lares brasileiros.

A larga presença dos celulares no País ajudou a telefonia a chegar a cada vez mais domicílios, apontou também a pesquisa: 91,2% dos lares brasileiros têm algum tipo de telefonia.

Segundo a Pnad, o predomínio dos lares sem linhas fixas era comum nas camadas mais pobres: cerca de 60% dos lares com renda abaixo de dez salários mínimos (R$ 6.222, na época) optavam por usar o celular como meio de comunicação telefônica.

Vale lembrar que, no Brasil, hoje, já há mais linhas móveis do que pessoas: segundo os dados mais recentes da Anatel, o Brasil possuía 275,45 milhões de linhas móveis em maio, em uma proporção de 130 contas para cada 100 habitantes. Três em cada quatro dessas linhas são pré-pagas, apontou ainda a Anatel.

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