Houve um tempo em que as operadoras móveis relutavam em assumir o papel de meros dutos de dados, sem participação direta na receita com conteúdo ou outros serviços de valor adicionado. Havia inclusive a expressão em inglês “dumb pipe”, ou “cano burro”. Mas esse preconceito está mudando na cabeça de algumas delas. Um exemplo é a sueca Tele2, cujo CEO, Mats Granryd, foi convidado para palestrar em painel dedicado a modelos inovadores de negócios, ao lado do fundador do WhatsApp, Jan Koum, no Mobile World Congress (MWC), em Barcelona. A Tele2 atua em dez países na Europa e na Eurásia e em vários deles adotou a seguinte estratégia: vende apenas dados e dá de graça voz e SMS ilimitados. E o modelo de venda de dados é por pacote com franquia de uso cujo limite pode ser redefinido a qualquer momento, de acordo com a necessidade do cliente.
“Quanto mais usarem o meu serviço, melhor. Se querem ver filmes no Netflix ou vídeos no YouTube, eu não ligo. Afinal, tenho o cano por onde passam os dados”, disse Granryd. A Tele2 também se posiciona como uma operadora de baixo custo. Perguntado sobre como consegue manter preços baixos e continuar sendo rentável, o executivo respondeu que a companhia é muito cuidadosa em relação a seus custos.
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