Por: Felipe Morais
Esse insight acima tive em uma conversa com um cliente da minha empresa. Estávamos batendo um papo sobre a história do e-commerce no Brasil. No começo, era “moda” todo mundo entrou achando ser fácil. Viu que não era. Depois, era um diferencial frente a concorrência, marcas começaram a entender que a capilaridade era grande, vender para todo o país, elevar as vendas e lucro. Era barato, hoje não é mais assim. Então, veio a era da loja online matar a física. Cris Anderson, em seu best-seller Cauda Longa, mostrava a diferença entre as operações. Se acreditou que o e-commerce era mais barato que loja física.
Muita gente entrou, a concorrência aumentou, novas ferramentas surgiram para elevar as vendas. O mito de loja online ser mais barata que a física, cai, mas ainda há marcas que não entram no e-commerce para não concorrer com a revenda. Abre uma loja na frente da mesma do mesmo grupo, coloca o produto em multimarcas, uma loja faz uma promoção diferente a outra, abre loja outlet, tudo bem, mas o e-commerce que concorre e tira vendas. Triste pensamento, mas é uma realidade nas operações.
O e-commerce, enfim, é uma realidade. Dá capilaridade, não é fácil, sem gestão não tem resultado, é preciso ter equipe dedicada e que conhece o universo. Se não tem equipe, terceiriza, as vezes é até melhor, mas não fique sem, afinal o e-commerce pode ser a sobrevivência da sua marca. A loja online matará a física? Jamais! Mas elas vão estar, junto ao celular, cada vez mais integradas. Esse movimento chama-se Omnichannel, o futuro do varejo passa por essa palavra.
Alguns mercados como moda, beleza e eletrônicos já estão mais maduros no varejo online, mas há muitos outros mercados ainda estão dando seus primeiros passos, por mais que estejamos em 2017, há muita marca, até em mercados consolidados, começando a pensar agora no e-commerce, sim, em 2017 começando a pensar nesse negócio. E-commerce foi um negócio, foi uma unidade de negócios, hoje é a sobrevivência da sua marca. E como prever isso?
Simples. Pense em uma criança com 10 anos. Ela não vê mais TV, pois assiste YouTube e Netflix. Ela não lê mais revista em quadrinhos, joga online no celular. Ela aprende inglês jogando Xbox online com um americano. Ela não está nem ai para o Facebook, mas quer ser Youtuber e já dá seus passos. Ela não pede mais bicicleta, ela quer o iPad. Ela conhece mais de tecnologia do que os pais, sabe qual o melhor smartphone, smartTv e Smartwatch. Ela não usa jornal ou revista, se quer algo, o Google lhe entrega e ela nem digita, usa a Siri para pesquisar por voz. Se o pai não sabe qual o caminho, não pergunta lá no Posto Ipiranga, ela joga no Waze e guia o pai. Daqui 10 anos, essa criança estará no mercado de trabalho e deixará de apenas decidir o consumo da família, como já faz hoje, para consumir. Ela vai no shopping comprar a roupa? Vai no supermercado comprar sua comida? Vai a agência de turismo comprar sua viagem? Vai ao banco pagar conta? Pense nisso.
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