Legados passam por processo de mudança, com adoção de soluções de mercado
Por: Irineu Uehara
Pressionados pelas demandas de negócios, os bancos brasileiros vêm buscando acelerar as mudanças na arquitetura e na infraestrutura de TI, de sorte a ganhar maior agilidade e eficiência operacional, enfocando o aprimoramento dos processos de atendimento aos clientes e a modernização do “back-office”.
Alex Vieira, vice-presidente de Financial Services da Capgemini, aponta algumas das principais iniciativas que vêm sendo adotadas nesta vertical. Em primeiro lugar, ele destaca a preocupação em proporcionar uma melhor experiência aos correntistas na utilização dos serviços, independentemente das formas de interação empregadas.
“O Omni Channel possibilita que os novos produtos sejam lançados simultaneamente nos vários canais e com uma experiência que pode, por exemplo, ter início em uma agência e ser concluída no ‘site’ da Internet”, assinala ele.
Outra frente importante de mudanças é a retaguarda operacional. Progressivamente, observa o entrevistado, “os sistemas legados de ‘core banking’ estão passando por um processo de modernização, sendo substituídos, na maioria dos casos, por plataformas de mercado, mais flexíveis, ágeis e escaláveis”.
Como se sabe, as instituições financeiras são notoriamente reservadas no que se refere aos sistemas críticos que sustentam seus negócios. No entanto, parece estar havendo maior abertura no sentido de adquirir soluções de terceiros.
A juízo de Vieira, este é um processo mais recente, que, consequentemente, necessita de mais tempo para adoção num ambiente conservador. Contudo, grandes bancos têm abraçado opções de fora, fazendo disso uma maneira de se diferenciar. “Manter os ‘core systems’ legados compatíveis com todas as demandas dos novos serviços tem sido cada vez mais caro e desafiador”, constata ele.
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