Estudo da Tata Consulting Services indica investimento médio de US$ 19 milhões nas redes, mas pouco resultado palpável
Das empresas que mais investem em ações em redes sociais, somente 10% registraram retorno positivo considerável, apesar do alto investimento, de gasto médio de US$ 19 milhões entre as líderes de mercado. É o que revelou um estudo da ResearchNow encomendado pela empresa indiana Tata Consulting Services (TCS).
Foram ouvidas 665 companhias de todo o mundo, com receita média de US$ 15,6 bilhões. De grande porte, quase dois terços delas têm no mínimo um funcionário em tempo integral encarregado de monitorar e manter as plataformas e emprega pelo menos 56 pessoas.
As líderes de mercado investem ainda mais nas plataformas da categoria: US$28 milhões, o dobro das demais. Elas adotam uma abordagem de comunicação além de redes como Facebook e Twitter, pois 81% afirmam ter blogs corporativos, 77% têm aplicativos para celulares e smartphones para os consumidores que utilizam as redes sociais e 61% têm canais de vídeo online.
Mesmo entre elas, somente 27% dos profissionais do setor de desenvolvimento de produtos (P&D) e 37% dos departamentos de administração de produtos olham regularmente os comentários dos consumidores nas redes sociais. Isso se dá em parte porque normalmente a atividade das redes sociais é administrada pelos departamentos de marketing, atendimento ao cliente e vendas. O resultado da estrutura de silos é que apenas 42% das companhias consideram eficaz ou muito eficaz sua estrutura organizacional para as atividades das redes sociais.
Ou seja, a maioria das iniciativas ainda é limitada, concentrada em marketing voltado ao consumidor final (B2C). “É hora de as companhias adotarem um enfoque multidisciplinar para as redes sociais e aprenderem a aproveitar seu poder em toda a empresa, especialmente nos principais geradores de receitas, como por exemplo, no setor de design de novos produtos”, sugere o vice-presidente e diretor global da TCS Digital Enterprise, Satya Ramaswamy.
A real mudança de negócio, de acordo com a companhia, seria incorporar comentários das redes sociais e romper silos organizacionais, incorporando de fato as redes e as informações nela trafegadas dentro das companhias. Atualmente, o cenário é insatisfatório – menos da metade (42%) das companhias considera eficaz ou muito eficaz sua estrutura organizacional para as atividades das redes sociais.
Ainda assim, 38% das companhias afirmam obter um Retorno do Investimento (ROI) positivo para a atividade das redes sociais, mais do que o dobro do número de empresas com um ROI negativo. Contudo, 44% delas não souberam informar o valor total do ROI.
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