Ferramentas tecnológicas fazem cada vez mais parte do setor de saúde brasileiro. Uma pesquisa realizada pela Accenture constatou que a maioria dos médicos nacionais (70%) domina melhor o uso de registros médicos eletrônicos (RME) do que há dois anos. No entanto, 63% dos profissionais acreditam que o uso de TI nos cuidados de saúde diminui o tempo que eles passam com os pacientes.
“Apesar da rápida absorção dos registros médicos eletrônicos, a indústria está enfrentando a realidade de que o recurso sozinho não é suficiente para proporcionar cuidados melhores e mais eficientes no longo prazo”, explica Rene Parente, líder da área de saúde da Accenture na América Latina.
“Os resultados ressaltam a importância da adoção da tecnologia e novos processos de atendimento, tais como alguns dos principais sistemas de saúde já fazem, garantindo que as deficiências existentes no tratamento aos pacientes não sejam ainda mais ampliadas pela digitalização. O mercado de saúde do Brasil tem feito progressos notáveis na adoção da RME e acreditamos que, à medida que a tecnologia evolua, os benefícios para os médicos e tratamentos aos pacientes também evoluirão”, acredita.
• Adoção de TI para cuidados de saúde pelos médicos
Quase um em cada quatro médicos (23%), no Brasil, usa rotineiramente as ferramentas digitais para se comunicar com os seus pacientes, comparado a uma média de 16% nos outros países pesquisados. Os cinco recursos de TI que os médicos no Brasil mais usam são: inserção de observações eletrônicas sobre os pacientes (61%); uso de ferramentas de administração eletrônica (38%); acesso a dados clínicos sobre pacientes examinados por outra organização de saúde (27%); recebimento dos resultados clínicos diretamente ao RME do paciente (24%) e uso de apoio à decisão clínica (24%).
As observações sobre os pacientes são, de longe, a função mais utilizada no Brasil, também relatadas como sendo o meio mais útil para se demonstrar o atendimento de qualidade entre os médicos pesquisados.
No entanto, enquanto quase todos os médicos disseram que uma melhor funcionalidade (96%) e os sistemas de inserção de dados fáceis de usar (94%) são importantes para a melhoria da qualidade do tratamento aos pacientes, cerca da metade (45%) aponta que o sistema de registros médicos eletrônicos mostra-se difícil de usar em sua organização.
• Serviços online para pacientes
Impulsionados pela crescente demanda pelo envolvimento com os pacientes, muitos médicos pesquisados relataram que haviam aumentado os serviços online que eles agora fornecem aos pacientes. Muitos profissionais brasileiros oferecem comunicação por e-mail seguro (55%), lembretes para os cuidados de acompanhamento (43%) e a possibilidade de marcar consultas online (39%).
A pesquisa também mostrou que os médicos no Brasil acreditam que permitir que os pacientes atualizem os seus próprios registros médicos aumenta o envolvimento deles com sua própria saúde (citado por 83% dos respondentes), melhora a satisfação dos pacientes (87%), aumenta a compreensão sobre as suas condições de saúde (69%), aumenta a comunicação entre o pacientes e médicos (75%), bem como aumenta a precisão dos seus registros médicos (56%).
“A indústria precisa se adaptar a uma nova geração de pacientes que estão assumindo papéis proativos no cuidado da saúde e esperam obter os dados em tempo real, na ponta dos dedos”, disserta Parente. “Quando os pacientes têm um papel mais importante no processo de registro das informações, isso pode aumentar o seu entendimento sobre suas condições, melhorar a motivação e servir como um claro diferencial para os cuidados de saúde prestados pelos médicos”.
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