Por: Yara Peres
A iniciativa privada e o Poder Público têm se relacionado com os mais diversos públicos de forma institucionalizada e profissional há mais de 40 anos. Desde a figura do tradicional assessor de imprensa, até os atuais gestores de mídia social, é imperativo que qualquer organização estabeleça políticas de relacionamento com clientes, entidades setoriais ou de classe, governo, fornecedores, investidores e consumidores. Mas apenas o gerenciamento dos processos já não basta. As novas relações digitais, a maior pressão por transparência, o novo contexto da sustentabilidade e a maior competitividade do mercado exigem um novo modus operandi, com profissionais multidisciplinares que tenham visão estratégica sobre o negócio do cliente. Nesse novo cenário, os clientes, sejam eles grandes, médios ou pequenos, precisam aprimorar suas estruturas para atender à demanda de relacionamentos com seus públicos de interesse.
Os clientes estão preparados para atuar nessa realidade 2.0, na qual as marcas enfrentam cada vez mais uma “superexposição”?
R: Eles estão conscientes que para atuar nesse novo cenário não basta lançar mão de estruturas de assessorias de imprensa, eventos ou publicidade. É imprescindível a criação de uma política de relacionamento para alimentar os canais dirigidos aos públicos. Essa política deve estar sustentada na inteligência e estratégia aliadas às expectativas comerciais e aos objetivos de formação e reputação de imagem.
Qual o suporte necessário para as empresas desenvolverem seus relacionamentos dentro destes novos parâmetros?
R: Há necessidade de uma maior especialização dos profissionais. Essa é uma exigência ainda maior do mercado brasileiro nos últimos dez anos. Os clientes devem demandar das agências não apenas um ou dois serviços. O diferencial será, cada vez mais, a oferta de consultoria estratégica que garanta serviços de comunicação integrada. É importante que sua interface com o mercado e os públicos tenha a capacidade de sofisticar os diálogos, com soluções inovadoras e corretas do ponto de vista da transparência. É preciso também se aproximar da área acadêmica e promover o link entre o conhecimento e o dia a dia do mercado. Além disso, a diversidade profissional, com especialistas de outros ramos, como administradores, diplomatas, engenheiros, psicólogos, também tem enriquecido o trabalho.
Aproveitando, e falando também dos profissionais que compõem esse mercado neste momento, qual é a exigência de formação?
R: Para essa nova realidade, é preciso contar com profissionais com habilidades multidisciplinares. Eles precisam ter a capacidade de solucionar problemas nas mais diferentes frentes (digital, institucional, governamental, comunitário e com a mídia) e utilizar as linguagens adequadas para cada situação. É preciso também desenvolver competências para conduzir o fluxo informações e soluções entre os diversos parceiros e públicos garantindo a excelência nos serviços.
CADASTRE-SE no Blog Televendas & Cobrança e receba semanalmente por e-mail nosso Newsletter com os principais artigos, vagas, notícias do mercado, além de concorrer a prêmios mensais.