Por: Luiz Camargo
Big Data é a mais nova aposta do mercado. De acordo com o Gartner, 2013 será marcado pelo crescimento de soluções em Big Data, considerando o sucesso de sua implementação em várias empresas
Uma pesquisa global feita pela consultoria com líderes de TI mostrou que 42% dos participantes planejam investir nesse tipo de solução dentro de um ano. Os dados foram apresentados em março e reforçados em abril, quando foi realizada, em São Paulo, a Conferência Gartner Infraestrutura de TI, Operações e Data Center.
O grande desafio é esclarecer, mostrar e discutir o conceito de Big Data, que por definição é composto de “5 Vs”: velocidade, volume, variedade, veracidade e valor. Essas cinco variáveis mudam o conceito já estabelecido da forma como os dados são gerenciados, o que coloca o mercado em alerta, pois a maneira como eles passarão a ser geridos, estudados e analisados será totalmente nova.
Diante dessa movimentação, várias companhias já estão integrando seus negócios com o Big Data para melhorar o relacionamento com os clientes. Algumas dessas soluções permitem que as instituições entendam a jornada do cliente a partir de aplicativos de atendimento baseados em análises. Com acesso em tempo real aos grandes volumes de dados estruturados ou não estruturados, reunidos por meio de múltiplos canais, as empresas conseguem agilizar o atendimento e a satisfação do cliente, maximizando o valor comercial de cada interação.
Apesar dos desafios, o Gartner prevê que, em 2015, 20% das 1000 maiores empresas terão estabelecido um foco estratégico em infraestrutura de informação, equivalente à de gerenciamento de aplicações. E a tendência é que surjam mais plataformas que servirão como catalisadores de mudanças dentro de uma organização.
De acordo com pesquisa do Business Application Research Center, no mercado europeu, boa parte das empresas está atenta ao valor potencial do Big Data. Como principais razões mencionadas para impulsionar sua aquisição, 72% apontam a necessidade de ter mais controle sobre os dados e 75% a chance de identificar oportunidades a partir de tais análises. Já 66% dos participantes percebem o valor dos dados multiestruturados, coletados a partir de mídias sociais, sensores que medem audiência e blogs. Apenas 7% não viram necessidade de realizar ações para grande volume de dados.
O que se percebe é que os ganhos serão obtidos pelas companhias que tiverem a capacidade de perceber o sentido real de ampliar a quantidade de fonte de dados e utilizar o Big Data a favor do consumidor. E, é claro, identificar parceiros que possam ajudá-las a utilizar, em tempo real, o volume de informações que estarão disponíveis por meio de soluções de Big Data. Esse é o futuro que já bate na porta das grandes organizações, que prezam pela inovação e pela qualidade do atendimento ao cliente.
Luiz Camargo é General Manager da NICE Systems para o Brasil e Cone Sul
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