Por: Maurício Renner
A Zendesk, startup americana de fornecimento de software em nuvem para atendimento ao consumidor e gerenciamento de chamados, irá estruturar um canal de vendas indireto no Brasil em 2014.
Até abril, deverá ser contratado um gerente para a função, com a missão de encontrar pelo menos dois parceiros premium no Brasil e um número não determinado de revendas de menor porte.
A ideia é incrementar a presença da companhia no segmento enterprise, o que demanda uma venda mais consultiva. A meta é dobrar o faturamento no país.
Hoje, 90% das vendas da Zendesk no país ainda são feitas reativamente e o restante através de marketing ativo em eventos (a companhia está fazendo seu primeiro roadshow fora do eixo Rio-São Paulo, passando por sete capitais) e um programa de referências.
Mesmo assim, a Zendesk já tem uma carteira respeitável para quem abriu as portas por aqui em novembro de 2012. São 1,6 mil clientes (em todo o mundo, são 40 mil), incluindo alguns nomes de peso, a maioria deles concentrados no e-commerce como a Wine.com.br, Tricae, Easy Taxi e Buscapé.
Na economia tradicional, digamos, o nome mais forte é a Cacau Show, rede de franquias de chocolate, e o Corinthians, o que sugere que a startup, protagonista de um bem sucedido IPO na Nasdaq em maio de 2014, ainda precisa convencer o mundo corporativo do seu potencial.
“Temos grandes implantações rodando, como o Grupon, que em nível mundial usa 5 mil licenças”, afirma Clayton da Silva, country manager da Zendesk (Silva está de volta no Brasil depois de 15 anos nos Estados Unidos trabalhando com marketing).
Silva destaca que o produto da Zendesk está bem posicionado para competir com soluções nacionais, contra as quais oferece mais usabilidade por um preço competitivo (entre US$ 29 e US$ 139 por usuário/mês, dependendo do plano).
Na competição com grandes empresas como Oracle e SalesForce, os pontos fortes seriam a facilidade de implementação da ferramenta e a sua capacidade de integração com outros sistemas corporativos.
O Zendesk foi desenvolvido em Ruby on Rails e pode funcionar integrado a mais de 140 sistemas de gerenciamento de conteúdo, de clientes e apps web, incluindo Magento, Jira e SalesForce, entre outros.
Como toda a startup promissora que se preze, a Zendesk ainda dá prejuízo. O faturamento da empresa em 2014 foi de US$ 127 milhões, com prejuízo de US$ 67,4 milhões. Para 2015, a previsão é faturar entre US$ 184 milhões e US$ 190 milhões, com prejuízo na faixa dos US$ 76 milhões a US$ 78 milhões.
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