Por: Gustavo Brigatto
A empresa de serviços de tecnologia da informação (TI) Tivit investe R$ 32 milhões na expansão de suas operações para além do eixo Rio-São Paulo. Os recursos foram aplicados na abertura de escritórios em Brasília, Salvador, Recife, Curitiba e Porto Alegre.
“Dos nossos 20 maiores clientes, cinco estão nessas novas áreas. E a expectativa é que as novas regiões tenham crescimento de 20% ao ano nos próximos anos”, disse ao Valor, Carlos Gazaffi, vice-presidente de gestão de tecnologia da companhia. Segundo ele, os recursos são oriundos do caixa da companhia, baseado na projeção de receita futura de novos contratos fechados. Com receita de R$ 2 bilhões em 2014, a Tivit tem crescido a uma média de 15% ao ano. Para 2015, a previsão é avançar entre 15% e 20%. É um ritmo mais acelerado que o do mercado de serviços de TI como um todo, que tem projeção de crescer até 9%. Segundo a empresa de pesquisa IDC, essa área movimenta US$ 30 bilhões por ano no país.
A expansão regional é um movimento que ganhou força entre as empresas de tecnologia entre 2010 e 2011, impulsionado pelos investimentos feitos por empresas fora do eixo Rio-São Paulo. Entre 2012 e 2014, a fatia da região Sudeste nos gastos com tecnologia caiu de 65% para 60%, segundo a IDC. A região Norte dobrou sua participação, de 2% para 4%. O Sul foi a região que mais ampliou sua fatia, de 12% para 15%. O Nordeste passou de 11% para 13%. Já o Centro-Oeste caiu de 13% para 11%.
Na Tivit, o processo de expansão geográfica existe há cerca de uma década, mas estava concentrado em cidades localizadas a uma distância entre 100 e 200 km da capital paulista. A partir de outubro, o plano foi acelerado com a aquisição da chilena Synapsis, por R$ 450 milhões. Além de servir como base para a internacionalização da companhia – a Synapsis tem presença em sete países da América Latina – a operação deu à Tivit clientes em outras regiões do Brasil. “Foi uma aquisição bastante interessante e complementar”, disse Gazaffi. Em maio, a Tivit anunciou que gastará R$ 170 milhões para reforçar as operações na América Latina. Atualmente, 15% da receita vem da operação internacional.
Na avaliação de Gazaffi, apesar do cenário econômico ruim, o momento é interessante para o setor de serviços de TI. Segundo ele, apesar da postura mais cautelosa dos clientes, a terceirização tende a ser vista como uma alternativa para reduzir custos. E isso tem acontecido até em setores que, tradicionalmente são resistentes ao conceito. “O cenário é desafiador, mas sempre crescemos em momentos de crise”, disse.
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