Por: Inaldo Cristoni
BM&F Bovespa baixará até 35% dos seus custos indiretos com terceirização
A BM&FBovespa faz as contas dos ganhos que terá com a redução do número de data centers que suportam a sua operação. A estimativa é de que deixará de desembolsar o equivalente a R$ 20 milhões em contratos de outsourcing, além de baixar entre 25% e 35% os custos indiretos. Há a expectativa, também, de um gerenciamento menos complexo das instalações a partir da centralização do processamento.
A instituição opera atualmente com três sites próprios e dois terceirizados junto à Tivit e ao UOLDiveo, mas passará a contar com apenas dois: o principal, localizado no município de Santana do Parnaíba (SP), que foi construído como parte de um investimento de R$ 1,5 bilhão, e o outro, na região central de São Paulo, que funcionará como ambiente de contingência (disaster recovery). Os demais serão desativados.
Segundo Elie Bautzer Calabres, diretor de infraestrutura e produção da BM&FBovespa, o valor aplicado no novo data center contempla ainda o desenvolvimento de outros projetos, como a nova plataforma de negociação Puma, já em operação; a plataforma de pós-negociação IPN, de integração de todas as clearing da BM&FBovespa; o sistema de risco Core e novas soluções para o mercado de balcão.
O executivo revela que a ideia é migrar gradativamente as aplicações dos sites atuais para a nova instalação. O processo terá início em 2015, abrangendo o sistema de negociação, cerca de 400 servidores físicos, 100 equipamentos de rede e 50 Terabytes de armazenamento de dados, que ocuparão 20% da capacidade do ambiente.
Na segunda fase, a partir de 2017, será a vez da clearing, da BBM (Bolsa Brasileira de Mercadorias) e de todo o ambiente corporativo. Mais de 30% do espaço será ocupado por 350 servidores físicos e virtuais, 100 dispositivos de rede e 1 Petabyte de dados armazenados. “O data center atenderá a nossa demanda por um período de 10 a 15 anos”, comenta o diretor da BM&FBovespa.
A bolsa planeja ocupar metade dos 3 mil m2 de piso elevado e destinar o restante à oferta de serviços de hospedagem no regime de co-location – as empresa contratam espaço no data center para instalar seus equipamentos de TI – ao mercado. De acordo com Calabres, essa modalidade de serviço já é oferecida para 15 das 80 corretoras que operam com a instituição. A ideia é ampliar a oferta para um universo maior de corretoras, em especial as que são ligadas aos grandes bancos.
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