Conhecida por serviços tradicionais de TI, a companhia investiu R$ 22,5 milhões para estruturar as duas novas divisões de negócios
Por: Moacir Drska
A velocidade com que as inovações surgem e passam a ditar novos rumos no mercado é um traço característico do setor de tecnologia da informação (TI). Sob esse contexto, a reinvenção constante é uma necessidade crítica para as companhias desse segmento.
Diretor de soluções e tecnologia da Tivit, Fabiano Droguetti conhece bem esse cenário. “Estou há 14 anos sob o mesmo CNPJ, mas não na mesma empresa”, brinca o executivo, em alusão aos movimentos que a companhia brasileira de serviços de TI realizou nesse intervalo para se adaptar a essa dinâmica muito particular do setor. Mais que uma testemunha, Droguetti está à frente agora de duas novas áreas que começam a ganhar relevância e a transformar a estratégia da Tivit: a computação em nuvem e a segurança.
Mais conhecida por serviços tradicionais de terceirização de infraestrutura de TI e de processos de negócios, a Tivit decidiu abrir o leque em direção às novas vertentes no início de 2012. Desde então, os investimentos da companhia para criar times dedicados e estruturar as duas ofertas somaram R$ 22,5 milhões. “O portfólio tradicional continua a ser o coração da empresa, mas identificamos que essas duas áreas – nas quais ainda tínhamos uma presença muito tímida – traziam muitas oportunidades para abrir novas frentes de negócios”, explica Droguetti.
Muito conhecida por atender a projetos complexos de grandes empresas, a Tivit enxergou na computação em nuvem uma alternativa para ampliar seu perfil de atuação. No modelo de nuvem, os sistemas e recursos de TI são acessados via internet, a partir de centros de dados, o que elimina a necessidade das empresas clientes investirem em uma infraestrutura própria. A partir dessa abordagem, aTlvit passou a prestar serviços para projetos de menor porte em grandes empresas, bem como estendeu sua oferta para pequenas e médias empresas. Em 2012, os serviços de computação em nuvem geraram uma receita de R$ 100 milhões para a companhia.
Em segurança, a estratégia da Tivit é investir em um mercado ainda novo no Brasil e que é dominado por pequenos e médios fornecedores: os serviços de gestão de segurança. Nessa abordagem, empresas especializadas assumem parte ou toda a gestão de segurança digital de seus clientes, a partir de centros remotos.
Um dos fatores que estão alimentando a procura por esse modelo é o fato de que a proteção dos dados é uma questão cada vez mais crítica para companhias de todos os setores. Em contrapartida, não é viável para essas empresas – nas quais a segurança não é a atividade principal – manter uma estrutura capaz de minimizar os riscos de vazamento de informações e outras ameaças.
Os serviços de gestão de segurança movimentaram pouco mais de USS 150 milhões no país em 2012, de acordo com dados da Frost & Sullivan. A consultoria projeta que esse mercado alcançará uma receita de R$ 312,5 milhões em 2017. No ano passado, a Tivit apurou uma receita de R$ 32 milhões com essa divisão de negócios. Para esse ano, a projeção é atingir um faturamento de RS 40 milhões, diz Droguetti.
Somadas as áreas de computação em nuvem se segurança representam em torno de 97.. dos negócios da Tivit, que encerrou 2012 com uma receita de R$ 1,6 bilhão e prevê fechar esse ano com um resultado de cerca de R$ 1,7 bilhão. “A idéia é que segurança e nuvem respondam por 207.. das nossas vendas no prazo de dois a três anos”, afirma o executivo.
Para atingir esse objetivo, uma das estratégias da Tivit é fortalecer e ampliar a oferta do novo portfólio às empresas já atendidas pelos serviços tradicionais da companhia. Atualmente, cerca de 807o da base de 300 clientes da Tivit utiliza alguma aplicação ou serviço nas duas modalidades.
“Dentro do plano de negócios que traçamos, a idéia é que essas áreas de negócios representem 20% da receita total da empresa no prazo de dois a três anos. Hoje, essa participação é de 10% ”
“Estamos percebendo que a demanda pelos serviços de gestão de segurança está vindo principalmente de grandes empresas de segmentos como finanças, varejo, manufatura e energia, diz Fabiano Droguetti Diretor de tecnologia da Tivit”.
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