Por: Vanessa Adachi
Os bancos interessados em comprar as operações de varejo bancário do Citi na América Latina devem apresentar suas primeiras propostas – não vinculantes – na primeira quinzena de junho. O processo de venda foi formalmente iniciado pelo Citi há cerca de três semanas e, além do banco de varejo no Brasil, foram colocadas à venda as operações na Argentina e na Colômbia.
Pelo modelo de venda estabelecido pelo Citi, cada interessado pode formatar sua oferta como preferir, escolhendo com quais ativos gostaria de ficar.
Santander e Itaú devem fazer ofertas por partes dos negócios. O banco espanhol se interessa principalmente por Brasil. O Itaú, com uma clara estratégia de expansão na América Latina, pretende avaliar todo o pacote, inclusive Brasil, disse uma fonte qualificada. Na Colômbia, o maior banco privado brasileiro pode ter mais dificuldade de processar uma nova aquisição por causa da fusão das atividades com o chileno CorpBanca, que tem uma subsidiária no país. A XP Investimentos, que havia declarado abertamente interesse em avaliar a operação no Brasil, ficou fora do processo, segundo uma fonte. A XP chegou a ser procurada para indicar em quanto avaliaria a franquia brasileira, mas não foi convidada a participar quando o processo foi oficializado. A própria empresa financeira tinha dúvidas sobre quanto valor o negócio reteria quando perdesse a placa do Citi. O Bradesco, ainda às voltas com a aprovação da compra do HSBC feita no ano passado, não deve participar.
O Citigroup confirmou em 19 de fevereiro sua intenção de vender as atividades de varejo e cartões no Brasil, na Argentina e na Colômbia. O anúncio da intenção foi precipitado pelo vazamento da informação. Na ocasião, o banco disse que manterá o atendimento para clientes corporativos e institucionais nesses mercados.
As operações à venda foram transferidas do Citicorp para a Citi Holdings e passaram a apresentar relatórios financeiros a partir do primeiro trimestre deste ano. Segundo dados do Banco Central (BC) de dezembro de 2015, o Citi no Brasil tinha um total de ativos de R$ 76 bilhões e aparecia na décima posição no ranking de maiores bancos por ativos – a lista ainda apresenta os números do HSBC separados do dados do Bradesco.
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