Por: Ivone Santana
A reformulação de processos de trabalho, o controle de custos, o investimento em renovação das redes e a reestruturação da força de vendas de celular foram alguns dos componentes que ajudaram a melhorar os resultados da Algar Telecom, no 2º trimestre. Houve crescimento nas receitas de banda larga, telefonia, voz e TV por assinatura, superando as metas traçadas no ano passado pela companhia, diz o presidente da Algar Telecom, Divino Sebastião de Souza.
No relatório divulgado, a receita líquida consolidada do grupo cresceu 16%, para R$ 560 milhões. O lucro líquido atingiu R$ 32,4 milhões, com recuo de 3,1% em relação a igual trimestre de 2013, mas cresceu mais de 274% comparado ao 1º trimestre do ano.
Para a diretora de financeiro e relações com investidores, Tatiane Panato, o crescimento da receita é reflexo do foco na expansão de 16% do segmento empresarial. Houve forte avanço também (53%) na área de tecnologia de processos de negócios, sob responsabilidade da Algar Tecnologia.
O lucro sobre juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) cresceu 12,7%, para R$ 138,8 milhões, enquanto a margem Ebitda se manteve estável em 25%. A empresa, que atua em áreas de MG, SP, MT e GO, alcançou 2,9 milhões de clientes.
Os resultados surpreenderam os gestores da companhia, que havia projetado crescimento inferior. Mudanças de processos contribuíram para o aumento dos ganhos, como no caso do orçamento, que deixou de acumular valores não usados. Assim, a economia de gastos atingiu R$ 5 milhões no trimestre e está estimada em R$ 11 milhões até o fim do ano, disse Souza.
No serviço celular houve alteração na força de vendas, com mais pontos de distribuição, e a banda larga foi focada nas residências. Além disso, o empacotamento de banda larga com transmissão de vídeo e voz foi bem-aceito pelos assinantes, prolongando sua permanência na base da operadora. “Com a venda de vídeo (TV por assinatura) isoladamente, o cliente cancela o serviço mais rápido, mas quando está em um pacote, o churn [cancelamento] é menor”, diz o executivo.
Os pacotes de voz fixa e móvel, dados e vídeo impulsionaram a receita da Algar no 2º trimestre do ano, e isso foi resultado de um planejamento feito no ano passado. Mesmo com a telefonia fixa em declínio nos concorrentes, a empresa mineira conseguiu crescimento do serviço em 10,3% no período, para 1,25 milhão de linhas. A maior alta foi em telefonia móvel, com mais de 1 milhão de linhas, avanço de 25,3% na comparação anual. A empresa alcançou 496 mil conexões em banda larga, com variação positiva de 4,5%.
O grupo fechou o trimestre com investimento de R$ 117 milhões e acumulado de R$ 163 milhões no semestre. No ano, o valor deve atingir a média de R$ 400 milhões. Segundo a diretora, a expansão e a renovação das redes para suportar o crescimento acabaram se refletindo na depreciação dos investimentos, mostrando a queda da receita líquida no trimestre.
A maior expansão foi nas redes metropolitanas, principalmente em São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Brasília e Rio de Janeiro.
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