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Governo pretende levantar até R$ 20 bi com venda de fatia da Caixa

por: Afonso Bazolli
em: Notícias
fonte: Valor Econômico
21 de janeiro de 2015 - 18:06

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Por: Alex Ribeiro

Os estudos no governo para a abertura do capital da Caixa Econômica Federal apontam para a venda de uma fatia entre 20% e 25% do banco federal, com uma possibilidade de levantar algo na faixa dos R$ 15 bilhões e R$ 20 bilhões até 2016, de acordo com fontes com conhecimento das discussões.

O projeto da abertura do capital da Caixa surgiu originalmente quando Antônio Palocci era ministro da Fazenda e, nos últimos anos, ficou em banho maria. A ideia voltou a ganhar força há alguns meses, quando o governo passou a procurar alternativas para reforçar o caixa do Tesouro Nacional diante do quadro fiscal mais desafiador.

A nova equipe econômica da presidente Dilma Rousseff recebeu a proposta com ceticismo. A reação inicial dos ministros é que será preciso colocar recursos do Tesouro para sanear as contas da Caixa. Dependendo do valor, a venda pode não ser tão vantajosa quanto parece agora.

A operação poderá ser também mais um indutor para aprimorar a governança da Caixa. O grande exemplo é o Banco do Brasil, que criou sua tradição de prestar contas aos investidores, sobretudo desde 1996, quando recebeu um socorro do Tesouro de R$ 8 bilhões e passou por uma reformulação interna.

Ainda não há data definida para abrir o capital da Caixa. Em tese, caso seja dado prioridade para o projeto, seria possível oferecer as ações ao mercado ainda em fins de 2015. Mas o Tesouro avalia a conveniência de fazer uma operação dessas proporções num momento em que o mercado acionário está deprimido. O natural, diante de um eventual cenário adverso, seria adiar a operação para 2016.

Outro desafio será o Tesouro voltar a captar recursos quando a sua mais recente operação do tipo, com a venda de ações da Petrobras, traz lembranças desfavoráveis aos investidores.

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Caso o projeto seja levado adiante, a prioridade será usar os recursos para melhorar o quadro fiscal do país. Mas, dentro das discussões, não está descartada a possibilidade de usar pelo menos parte do dinheiro para reforçar a estrutura de capital do banco federal. O entendimento é que o índice de Basileia atual é suficiente para a travessia de 2015, mas o quadro de 2016 depende das metas de crescimento.

Hoje, o Tesouro controla 100% do capital da Caixa. Com a oferta das ações, seguiria tendo uma posição majoritária de controle, com uma fatia de 75% a 80%.

Segundo um interlocutor, o exame preliminar no banco federal mostrou que não haveria ajustes relevantes a fazer na Caixa, que, na prática, já vem operando com todos os controles internos e submetida à supervisão do Banco Central. Todas as operações da Caixa são remuneradas, inclusive programas como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida.

As estimativas dos potenciais ganhos com a abertura de capital da Caixa foram feitas por técnicos do governo tomando como base a avaliação dos três grandes bancos de varejo do país – Banco do Brasil, Bradesco e Itaú. Os quase US$ 5 bilhões levantados pela Caixa em captações internacionais seriam um termômetro do apetite por ações do banco.

Dentro da Caixa, funcionários de carreira veem com bons olhos a possibilidade de abrir o capital. Para muitos, seria uma forma de incentivar uma gestão mais profissional. Hoje, um bom pedaço da alta direção do banco é loteada entre os partidos políticos que formam a base do governo Dilma Rousseff.

A intenção de abrir o capital da Caixa foi noticiada no domingo pelo jornal “Folha de S. Paulo” e confirmada ontem pela própria presidente Dilma, durante café da manhã com jornalistas. (Colaboraram Leandra Peres e Andrea Jubé)

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1 Comentário
  1. Com relação a CEF, o fato é bem mais delicado, Fora “pegos” bem mais do que 30 % do FGTS,( para cobrir “buracos” pelo e do Governo, que está aí, corruptamente nos “levando para o chão”, sendo piada entre as Imprensas Internacionais), BNDES ( sem comentários, pois vai falir em seguida pelos empréstimos absurdos à países ditos Comunistas) e o caso da Petrobrás. NÃO é à toa que o Governo SUBIU A CORREÇÃO DOS IMÓVEIS, para cobrir boa parte do que fora DESVIADO. Quanto à CEF, lamentávelmente ocorrerá da mesma maneira, de como foi o caso do Banco Merdional, qual se sucedeu ao Banco Sulbrasileiro falido em 1986. A CEF será PRIVATIZADA da mesma maneira como o Meridional, sendo vendido para o SANTANDER, bem como o BANERJ para o ITÁÚ e o BANESPA também para o SANTANDER. Infelizmente, será só ESPERAR, para que estes 25 % da VENDA DA CEF, se transformr em 100 % no máximo em 2016. Infelizmente, tanto a CEF e a PETROBRÁS serão VENDIDOS na Gestrão deste Governo, que está aí. Viva o PT !

    Julio Paulo Seelig Scheunemann em 23 de janeiro de 2015 - 23:16

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