Pesquisa avaliou a assinatura de 605 CEOs das maiores empresas dos Estados Unidos
Tamanho realmente importa. Ao menos em termos de ego e salário, é o que descobriu uma pesquisa feita pela Escola de Negócios Feenan-Flagler, da Universidade da Carolina do Norte.
De acordo com o estudo, que comparou a assinatura de 605 CEOs das maiores empresas dos Estados Unidos, quanto maior a assinatura do executivo, maior a chance de ele ser um narcisista e de ganhar um dos salários mais altos do mercado.
Por outro lado, a pesquisa também averiguou que, nesses casos, maiores as chances de o executivo levar a empresa à bancarrota.
Segundo o artigo, o narcisismo cria uma autopercepção tendenciosa e ascendente quanto às suas próprias capacidades e desempenho.
Estas “qualidades” tornam os tomadores de decisão ruins, mas permite-lhes convencer diretores e acionistas de sua competência, na medida em que vão alcançando melhor remuneração.
Em entrevista à ABC News, um dos co-autores do estudo, o professor Sean Wang, afirmou que as 605 assinaturas analisadas foram encontradas em sua maioria em relatórios anuais e outros documentos arquivados pelas empresas do índice S&P 500, em julho de 2011. O índice acompanha as 500 empresas mais valiosas listadas nos mercados de ações dos EUA.
As assinaturas foram cadastradas em um programa de computador personalizado e codificado. E os resultados se basearam em estudos psicológicos anteriores, os quais apontaram que assinaturas maiores significam egos maiores.
Outra descoberta foi a de que descobriram que “CEOs narcisistas investem mais em despesas de capital e aquisições, mas pagam dividendos mais baixos”. Além disso, eles apresentam pior desempenho, o que foi medido pelo retorno sobre os ativos, com maiores efeitos quando os ambientes operacionais são mais incertos.
Os pesquisadores usaram como exemplo o desempenho relativo de duas empresas concorrentes do mesmo setor. Michael Dell, da Dell, assina com um pequeno rabisco, em comparação à assinatura de Carly Fiorina, da Hewlett Packard. A performance da HP, no período estudado, foi menor que a da Dell, no quesito retorno dos seus investimentos.
O CEO com a maior assinatura no estudo, segundo o professor, foi Timothy Koogle, CEO do Yahoo entre 1995 e 2001, e chairman entre 1999 e 2003. De 1997 a 2001, o Yahoo não pagou dividendos, fez “investimentos extremamente elevados” e deu a Koogle alguns dos mais altos salários de qualquer chefe Vale do Silício.
Uma assinatura que ganhou os holofotes recentemente foi a do novo Secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Jacob Lew. A assinatura de Lew vai figurar nas notas de dólar e até o presidente Barack Obama fez piada, dizendo que quase voltou atrás na nomeação ao conhecer a assinatura bizarra do integrante do governo.
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