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Credit Suisse e Santander ajustam (cortam) equipe

por: Afonso Bazolli
em: Notícias
fonte: Valor Econômico
18 de fevereiro de 2014 - 18:07

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Por: Talita Moreira e Carolina Mand

Com o mercado de capitais fraco e poucas perspectivas de recuperação no curto prazo, os bancos de investimentos começam a fazer ajustes em suas operações no Brasil. O Credit Suisse e a unidade de banco de atacado do Santander fizeram demissões nesta semana, seguindo o Barclays, que reduziu sua equipe poucos dias atrás.

No Credit Suisse, as demissões atingiram seis analistas, apurou o Valor. Houve cortes também no banco de investimentos, mas a expectativa é que boa parte das vagas seja reposta. Paralelamente, a instituição promoveu alterações no comando da área.

Allan Libman, até agora chefe do banco de investimentos do Credit Suisse no Brasil, vai para Nova York, onde atuará em operações relacionadas ao mercado brasileiro e à América Latina. Ele será substituído por Fábio Mourão, que era o responsável pela área de fusões e aquisições no país.

As mudanças fazem parte de uma reestruturação interna que o banco anuncia nesta semana aos funcionários, segundo fontes de mercado. Ainda não está claro qual foi o número de demissões no Credit Suisse nem quantas pessoas serão substituídas. Procurado, o banco não se pronunciou.

O Santander Brasil faz algumas demissões na sua estrutura de banco de atacado desde a semana passada, segundo apurou o Valor. Os ajustes também envolvem a tesouraria e a área comercial da instituição.

Entre os que deixaram o banco, estão os diretores-executivos Ricardo Gentile Rocha e Messias Pedreiro Neto, além de Eduardo Rangel e Patrick Langi, todos do banco de atacado. No total, fala-se em algo entre 30 e 50 cortes. Os nomes e o número de demissões não foram confirmados pelo banco, que preferiu não comentar o assunto.

Apesar de os cortes não alterarem o comando do banco de atacado do Santander, as demissões foram feitas entre executivos seniores da instituição. Os desligamentos se dão às vésperas do pagamento do bônus do banco, que será feito no dia 20.

Na semana passada, o britânico Barclays fez uma nova rodada global de demissões, que atingiram a área de renda fixa no Brasil. Também foi cortado Robert Carlson, diretor de mercado de capitais para operações de dívida que cuidava de emissões de bônus de companhias brasileiras e de outros países da América Latina. Ele ficava baseado em Nova York.

O Barclays anunciou que tem planos de cortar até 12 mil empregos neste ano, apesar de ter aumentado os bônus aos executivos de banco de investimento.

Os cortes são uma tentativa dessas instituições de reduzir gastos num momento ruim para o mercado. Os ajustes ocorrem na época de pagamento de bônus aos funcionários dessas instituições, quando se discute o desempenho dos executivos.

Instituições como BTG Pactual, Itaú BBA, Deutsche Bank, J.P. Morgan, Bank of America Merrill Lynch e Bradesco BBI não têm planos de fazer demissões por enquanto, segundo fontes do setor.

No entanto, o prolongado período de retração no mercado de capitais tem desafiado os bancos de investimentos a tornar suas operações mais eficientes ou a investir em novas fontes de receitas.

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