Por: Raquel Salgado
Após ter seu sócio e ex-presidente, André Esteves, preso pela operação Lava Jato, o banco BTG Pactual está à procura de compradores para várias de suas empresas. O objetivo é reforçar o caixa da empresa e evitar problemas de liquidez.
A bola da vez é o banco Pan (antigo Panamericano). O BTG recebeu essa semana uma oferta do banco mineiro BMG pelo banco Pan.
O BTG, porém, recusou a proposta. Fontes ligadas às empresas acreditam que uma nova proposta pode ser apresentada pelo banco mineiro nos próximos dias. O BMG pediu exclusividade na negociação da compra.
O BTG Pactual tem pressa para vender alguns ativos e, assim, evitar problemas de liquidez em sua operação. Numa situação não emergencial, uma operação de venda de um banco levaria, no mínimo, de quatro a cinco meses para ser concluída. A ideia do BTG, porém, é agilizar o processo. Para isso, porém, a instituição financeira teria que aceitar um preço menor, já que o possível comprador não teria tempo suficiente para analisar a fundo a operação do banco Pan. “Seria uma compra na bacia das almas”, diz uma fonte próxima ao banco de investimentos.
Em janeiro de 2011, o BTG Pactual desembolsou R$ 450 milhões para comprar 37,64% e assumir o controle do banco que, até então, estava nas mãos do grupo Silvio Santos.
Agora, o banco Pan faz parte da lista de empresas que o BTG pretende vender para levantar capital e aumentar a liquidez de sua operação. Além do banco, o BTG também teria interesse em vender outras quatro empresas: Estapar, Eneva, Recovery e GlobeNet.
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