Por: Carolina Mandl e Vinícius Pinheiro
Com a expansão moderada do crédito, os quatro maiores bancos de capital aberto do país ampliaram os ganhos obtidos com tarifas e serviços neste ano. Juntos, Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander faturaram R$ 19,5 bilhões no primeiro trimestre com serviços, valor que inclui tarifas com cartões e conta corrente, além de taxas de gestão de fundos de investimento. A cifra indica um crescimento de 11,5% em relação ao mesmo período de 2013, variação superior à da inflação nos últimos 12 meses, de 6,15%.
No trimestre, a indústria de cartões movimentou R$ 213 bilhões, com crescimento de 18,7% em relação a igual período do ano passado. O número considera as três maiores empresas do setor, responsáveis por 99% do mercado. Explicitamente, as instituições não falam em aumento nos preços cobrados, mas dão pistas de que isso ocorreu.
O Bradesco, que agregou 760 mil correntistas ativos à sua base, diz que fez um “realinhamento” de tarifas. A receita do banco com tarifas e prestação de serviços alcançou R$ 5,3 bilhões, alta de 14,9% na comparação com igual período de 2013. Procurado pelo Valor, o banco não explicou o movimento.
O Itaú Unibanco afirma que o crescimento da base de clientes também colaborou para a receita de R$ 6,1 bilhões no primeiro trimestre, com aumento de 18% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado foi impulsionado pelos números da Credicard, que começaram a ser incorporados no trimestre passado. Mesmo sem esse efeito, o crescimento seria de 13,8%.
Os números do Santander sofreram o impacto da venda da área de gestão de fundos e da mudança na contabilização de renovações de apólices de seguros. Sem esse efeito, o banco apresentou crescimento de 11% com prestação de serviços e tarifas. O BB também expandiu os ganhos em 6,6%, ritmo menor que o de seus principais concorrentes, e faturou R$ 5,7 bilhões com serviços.
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