A empresa de serviços de call center Contax obteve um lucro de R$ 31,4 milhões, no terceiro trimestre de 2012, depois de um prejuízo de R$ 7,6 milhões, no mesmo período de 2011. A estratégia foi investir em tecnologia e eficiência, e reduzir os encargos sociais, por conta do programa Brasil Maior. Marco Norci Schoeder, diretor de RI, falou com a DINHEIRO:
Como a Contax reverteu seus resultados?
Parte do resultado vem da inovação. Investimos em tecnologia para termos eficiência e menos ociosidade. Se um funcionário leva quatro minutos para resolver um problema, queremos que o faça em dois. Também implantamos, no Rio de Janeiro, a central 1746, inspirada no callcenter “311”, da Prefeitura de Nova York. Essa central, inaugurada em abril, amplia o tradicional serviço 156, que presta informações e recebe reclamações das prefeituras, em todo o Brasil. Isso elevou não só os lucros, mas também a geração de caixa medida pelo Ebtida, que aumentou 98,4%, para R$ 125,4 milhões.
O financiamento do BNDES também ajudou?
Sim. Financiamos R$ 447 milhões, sendo R$ 253,4 milhões por meio de uma emissão de debêntures em duas séries, e os R$ 193,6 milhões restantes por meio do Prosoft, linha de crédito do BNDES para a modernização tecnológica. Os títulos serão subscritos pelo banco e poderão ser convertidos em ações preferenciais. O BNDES tem a opção de converter as ações até 2013 e, se isso ocorrer, ele ficará com 4% da companhia.
Qual o impacto da desoneração da folha de pagamento?
Fomos um dos primeiros setores a entrar no Plano Brasil Maior. Deixamos de recolher 20% de encargos sobre a folha de pagamentos e passamos a recolher 2% sobre o faturamento bruto, o que faz muita diferença, pois 70% dos nossos custos são com pessoal. Não existem mais call centers com mil funcionários.
Com o enxugamento de pessoal, compensa fazer aquisições?
Nossa última aquisição ocorreu no ano passado, quando integramos a Dedic GPTI, que pertencia à Portugal Telecom. A Dedic faturou R$ 700 milhões, em 2010, e contava com 23 mil funcionários na época. Com isso, alcançamos 30% do mercado. Agora, olhamos oportunidades pontuais no Chile e no México.
Colaboraram: Patricia Alves e Fernando Teixeira
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