Por: Maíra Magro
A superintendência-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) declarou “complexo” o ato de concentração de Banco do Brasil, Bradesco, Santander, Itaú e Caixa Econômica Federal para criar uma gestora de inteligência de crédito (GIC) e pediu mais informações às instituições financeiras para avaliar a operação.
Em janeiro, os cinco bancos anunciaram o acordo de criar a GIC para desenvolver um banco de dados para conciliar informações cadastrais e creditícias de pessoas físicas e jurídicas que autorizem sua inclusão. A operação foi comunicada ao Cade para avaliação.
Em parecer interno, o Cade aponta riscos eventuais aos birôs de créditos já existentes no país e outras preocupações, como prejuízos a outras instituições financeiras.
Devido a esses receios, em despacho publicado ontem, no “Diário Oficial da União”, a superintendência do Cade requer dos bancos “apresentação objetiva e detalhada do modo como os riscos de fechamento e discriminação serão mitigados; detalhamento das práticas de governança a serem adotadas pela GIC, pormenorizando quais ações serão, de fato, tomadas para preservar a independência das requerentes entre si e em relação à GIC; e apresentação das eficiências econômicas geradas pela operação”.
Os bancos também poderão apresentar, em até 30 dias, estudos quantitativos ou qualitativos que possam mitigar as preocupações concorrenciais identificadas pela superintendência-geral do Cade.
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