Um dia trocamos peixe por milho como forma de pagamento, em uma economia de escambo. No Brasil, muito antes do papel-moeda, circularam açúcar, pau-brasil, cacau e tabaco. Nosso sistema monetário depois evoluiu para ouro, cruzeiros, cruzados, real, cheques, cartões de crédito, internet banking e ainda não parou. Pagamentos via SMS, aplicativos e uma tecnologia chamada NFC, que torna o smartphone uma carteira digital, estão substituindo o papel-moeda.
Deixar a carteira com dinheiro ou o cartão de crédito em casa, tudo bem. Só não dá para esquecer o celular. No Brasil, algumas operadoras de telefonia já oferecem serviços associados a cartões de crédito. Funciona assim: o usuário informa seu número de celular à loja e recebe uma mensagem SMS com os detalhes da compra. Para autorizá-la, digita uma senha, como se fosse a do cartão de crédito, direto do aparelho. O usuário recebe a fatura do que adquiriu com a conta telefônica.
Para quem vende, em vez de usar as máquinas leitoras de cartões de crédito, é possível realizar a transação via celular. A vantagem é que qualquer pessoa física ou jurídica, por meio de qualquer aparelho de celular comum, pode aceitar as vendas em qualquer lugar. Todas as informações digitadas no celular são criptografadas e não ficam armazenadas em nenhum dos aparelhos – nem do lojista, nem do cliente – por meio de uma tecnologia chamada Global System for Mobile Communications (GSM).
Pouco presente em aparelhos no Brasil e ainda sendo testada por bancos e operadoras de cartões de crédito, a tecnologia Near Field Communication (NFC) permite efetuar pagamentos encostando o celular nas máquinas de cartões. Os aparelhos têm um chip transmissor embutido, que contém as informações bancárias do usuário, e a transação é feita por meio de um aplicativo instalado no aparelho. Tais aplicativos podem ser de bancos ou facilitadores de pagamento como o Pay Pal Mobile.
Segundo uma pesquisa da consultoria Gartner, o número de usuários de pagamentos com o uso de dispositivos móveis no mundo todo deve chegar a 245,2 milhões em 2013, contra 200,8 milhões no ano passado. Além disso, deve movimentar US$ 235,4 bilhões neste ano, o que representa crescimento de 44% em relação a 2012.
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