Trabalhar em organizações mais diversas significa atuar em locais com maior potencial de inovação, capazes de refletir a sociedade em que vivemos. Por isso, Diversidade & Inclusão não deve ser apenas uma pauta mandatória nas companhias, mas uma preocupação genuína das lideranças, como pessoas.
Embora vivamos tempos de reflexão e de mudanças concretas em muitas companhias, o relatório Global Gender Gap Report, do Fórum Econômico Mundial aponta que o tempo necessário para alcançarmos a paridade de gênero, por exemplo, passou de 99,5 anos para 135,6 anos nos últimos 12 meses.
Acelerar os processos de desenvolvimento e captação de talentos diversos, portanto, é urgente.
Isso passa pela formação e retenção de lideranças mais inclusivas e conscientes do seu papel nas organizações; pela transformação da cultura organizacional; pela criação de mecanismos que permitam o protagonismo de times mais diversos; além de promover a comunicação apropriada das iniciativas – seja pelos avanços no letramento de todos os colaboradores, seja para reiterar conquistas e desafios na implementação de programas de diversidade e inclusão.
Mais do que garantir a representatividade e a interseccionalidade entre os grupos socialmente minorizados nas empresas, devemos proporcionar ambientes de trabalho que permitam que mais mulheres, pessoas negras, pessoas da comunidade LGBTQIAP+ e pessoas com deficiência ocupem cargos de liderança e tenham poder de decisão.
Um levantamento recente do projeto Demitindo Preconceitos, realizado em 14 estados do país, demonstra que 38% das indústrias e empresas ainda têm restrições para contratar pessoas LGBTQIAP+, por exemplo – mais uma evidência de que devemos ter escuta ativa e fomentar novos espaço de atuação porque, se não o fizermos, mudaremos apenas os indicadores, sem necessariamente transformar a cultura e a mentalidade do mercado.
Na Cogna Educação, temos avançado neste sentido.
Com base em um levantamento interno e por meio do suporte de especialistas, estabelecemos metas de diversidade envolvendo todas as áreas da companhia – que indicam exatamente onde queremos chegar, em curto e médio prazos.
Além disso, criamos quatro grupos de afinidade, que se dedicam aos pilares de gênero, pessoas com deficiência, LGBTQIAP+ e racial, e são formados por pessoas colaboradoras, voluntárias e aliadas conectadas com o tema, unidas com o objetivo de endereçar cada temática internamente. Esses times têm contribuído significativamente para construção de iniciativas e ações que apoiam diretamente o processo de transformação cultural, letramento e capacitação das nossas mais de 22 mil pessoas do time.
Em nosso primeiro ano buscando nos tornar ainda mais diversos e inclusivos, aumentamos a representatividade de mulheres e pessoas LGBTQIAP+ em nosso Conselho Administrativo da Cogna (de 33,3% para 60%) e da Vasta (de 28,6% para 42,9%), o que nos deixou muito orgulhosos e nos rendeu duplamente o selo WOB – WomenOn Board. Também alcançamos o marco de 44% de mulheres em posições de liderança, nos cargos de gerência e acima. E, mesmo com avanços, sabemos que ainda há muito a ser feito.
Durante o processo de transformação, é necessário se abrir para o aprendizado e para os ajustes de curso. Contar com uma área dedicada ao tema; o apoio de empresas parceiras que dividem conosco suas experiências e conhecimento; o envolvimento da alta liderança nas discussões e decisões; e a grande contribuição dos grupos de afinidade são alguns dos destaques do nosso programa de diversidade e inclusão.
Estamos otimistas com o potencial de impacto social dessas ações, dentro e fora da companhia. Se a educação existe para contribuir com o desenvolvimento da sociedade, que nossas iniciativas sejam inspiradoras para educar e transformar em prol da diversidade.
Juntas e juntos, somos melhores.
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