Para as empresas, T&D tem como missão apresentar e desenvolver nos funcionários habilidades para a execução das tarefas. Entretanto, mudanças estruturais estão ocorrendo e o mercado vem redesenhando a atividade. Formar e capacitar os funcionários para o engajamento nos negócios, buscando resultados sustentáveis, colaborando com as estratégias e com os processos dentro das organizações, são as novas responsabilidades.
Nesse cenário, caberá a T&D estimular a comunicação e treinar massivamente para engajar todos os colaboradores. Os treinamentos são pontes para o alinhamento da estrutura e das partes que produzem o resultado, atuam como ferramenta de desenvolvimento e sustentação da empresa. Mas para que se possa ganhar em escala a atividade precisa ser terceirizada pois as estruturas internas, mais enxutas, não absorvem essa demanda.
A ABTD (Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento) realizou em 2016 uma abrangente pesquisa para consolidar dados sobre o panorama do treinamento no Brasil. O estudo contou com a participação de 502 empresas, sendo 43% delas da indústria, 39% de serviços e 11% do comércio. Veja algumas conclusões e números encontrados na pesquisa:
• Investimento anual em T&D por colaborador, a média foi de R$ 624 em 2016, considerado montante baixo se comparado à média norte-americana que é de US$ 1.229 por colaborador. Mesmo assim a média brasileira apresentou crescimento de 24% sobre o valor estimado em 2015.
• Volume de horas de treinamento por colaborador, a quantidade média também aumentou em 2016, em relação ao ano anterior. Esse crescimento foi de cerca de 33%, com a média subindo de 16,6 para 22 horas por colaborador. Volume médio bastante baixo: são menos de três dias de treinamento por ano. A título de comparação, nos EUA esta média é de 33 horas por ano (50% maior do que a média brasileira).
• Distribuição das ações de treinamento, em média 60% são direcionadas para um público de não líderes, 26% para um púbico de gerência e supervisão e 14% para a alta liderança.
A pesquisa ainda apontou, de uma forma geral que o treinamento presencial ainda é dominante em relação aos demais métodos de entrega, correspondendo a 63% das atividades aplicadas pelas empresas respondentes. O treinamento prático no local de trabalho (on the job) é o segundo método mais aplicado com 17%. Em terceiro lugar aparece o e-Learning ou EAD (Educação a Distância) com 15%. O treinamento misto (blended) é aplicado somente em 5% das atividades.
Outro dado relevante corresponde ao crescimento em 2016 da média de colaboradores para cada profissional de T&D. Esse panorama indica uma forte tendência de equipes de treinamento cada vez mais enxutas dentro das organizações, e com desafios maiores se considerarmos o aumento gradual de investimentos e do volume de horas de treinamento. Isso também pode ser explicado por um aumento na quantidade de projetos de treinamento terceirizados com consultorias especializadas, que representam 47% do orçamento para treinamento (contratação de professores, empresas de consultoria, cursos e seminários de mercado, cursos de idiomas, etc.). Outros 40% foram direcionadas para atividades internas e 13% em cursos curriculares (ensino tradicional). Somente 8% das empresas participantes afirmaram não terceirizar nenhuma atividade.
Excelente trabalho a todos!!!
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