Constantemente sou abordado por profissionais seniores com dúvidas sobre recolocação ou movimentação na carreira. Seguem alguns conselhos!

Por: Fernando Mantovani

É natural do ser humano. Sempre enxergamos que “maduras” são as pessoas que estão anos à nossa frente. Ao cair nesse ciclo de pensamento, corremos o risco de deixarmos de nos preparar e de repente já somos seniores. Às vezes não nos damos conta disso. A “ficha” só cai mesmo quando somos avisados por alguém ou quando sentimos as evoluções profissionais desacelerarem.

Não dá para negar: profissionais com mais de 55 anos, em geral, têm um pouco mais de dificuldade para se movimentar ou se recolocar na carreira. Mas, a boa notícia é que com o aumento da longevidade das pessoas, as atenções do mercado têm se voltado para esse grupo de “profissionais maduros”, com diferentes movimentos de discussões sobre o tema e ações de empresas empenhadas na inclusão desse público. Não há abundância de vagas, mas é possível manter o otimismo.

Constantemente sou abordado por profissionais seniores com dúvidas sobre recolocação ou movimentação na carreira. Por essa razão, resolvi listar alguns conselhos que espero ser útil para vocês.

Meus conselhos aos profissionais seniores que buscam recolocação:

“Acredite no seu potencial!” – Não seja o primeiro a ter preconceito contra a sua idade. Faça uma revisão da sua carreira e tenha no currículo e afinado no discurso suas qualidades e realizações profissionais. Porém, avalie com sinceridade se, para a vaga em questão, faz mais sentido ter um profissional mais jovem.

“Avise as pessoas mais próximas sobre a sua busca por recolocação!” – Sem dúvida, ter um bom currículo é importante. Ele deve estar bem formatado, com as principais realizações profissionais e sem erros de digitação, gramatical ou de informação. Porém, antes de sair disparando, tente mapear os canais de envio por meio de seu networking.

“Mostre abertura para negociação!” – O mercado está em constante mudança e, cada vez mais, têm valorizado profissionais flexíveis. Dessa forma, esteja aberto a avaliar diferentes cargos, salários e modelos de trabalho. Pode ser, por exemplo, que exista uma excelente oportunidade em um projeto temporário, reportando para um gestor mais novo que você.

“Desapegue do tradicional!” – Se você está na lista de profissionais que ficaram mais de 15 anos em uma mesma organização, a tendência é que esteja apegado a hábitos e processos que hoje podem ser considerados ultrapassados. Para entender esse cenário, faça uma avaliação pessoal sincera. Abra-se para o novo.

Aos profissionais que ainda não chegaram na Era Vintage, aqui vão alguns conselhos para exercitar a adaptabilidade desde já:

“Valorize equipes mistas!” – Participar apenas de grupos que pensam como você tendem a viciar seu pensamento e limitar seu campo de visão em busca de soluções “fora da caixa”.

“Reflita antes de rejeitar uma ideia!” – Por exemplo, pode ser que a forma como você executa uma tarefa renda bons resultados para a empresa, porém é possível que outra pessoa tenha uma solução mais eficiente que a sua. Entenda isso como soma de esforços e não como competição.

“Desenvolva bons relacionamentos!” – As estruturas da empresa estão cada vez mais flexíveis e o mercado, muito cíclico. Ou seja, o seu subordinado de hoje pode ser seu chefe amanhã, na empresa onde atuam ou em outra qualquer. Quando falo de bom relacionamento, refiro-me inclusive a antigos parceiros de trabalho, faculdade, cursos de extensão. Você não sabe de onde vai surgir sua próxima indicação.

“Entenda que a tecnologia não vai mais embora!” – No final do dia, toda empresa busca lucro. Dessa forma, métodos e processos estarão cada vez mais presentes na rotina dos profissionais. Acostume-se com eles.

Há espaço para todos. O segredo está em saber se posicionar!

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