Por: Flávia Gianini
O estudo realizado pela ESPM em parceria com a NextView People, revelou que que 58% dos gestores dedicam mais tempo a questões operacionais que resultam no alcance de metas do que investindo tempo no desenvolvimento da equipe e na busca por autoconhecimento. No entanto, 62% reconhecem a importância da dedicação de parte do tempo em pessoas. A pesquisa foi feita com 111 profissionais gerentes, coordenadores, diretores e supervisores.
Para 37% dos entrevistados é mais fácil identificar as necessidades de desenvolvimento comportamental da equipe contra 10% que afirmam ser mais fácil identificar como se autodesenvolver.
Cerca de 18% dos participantes afirmam que identificar as necessidades de desenvolvimento de equipe e as suas próprias são as mais difíceis.
Em relação ao plano de carreira, 55% não traçaram suas metas contra 45% que afirma que a estratégia está definida. Quando questionados sobre o alinhamento do plano com a trajetória profissional, a dúvida permanece: 47% dos entrevistados afirmam que não há certeza quanto aos rumos da vida profissional, ou seja, existe o plano, mas sem alinhamento com a profissão e com a empresa em que está trabalhando.
A busca por autodesenvolvimento é um ponto positivo no estudo: 53% da amostra confirma que faz alguma atividade em busca do sua evolução comportamental (cursos, coaching, terapia etc) contra 47% que ainda não se dedicam a estas questões.
Segundo Adriana Gomes, coordenadora do Núcleo de Estudos e Negócios em Desenvolvimento de Pessoas da ESPM e responsável pela análise, esses dados mostram dois importantes pontos: falta autoconhecimento por parte dos gestores e dificuldades para desenvolver pessoas e equipes.
“Levantamos a hipótese que talvez as organizações não ofereçam espaço e condições para que seus gestores possam se desenvolver melhor, não tanto para as competências técnicas, mas principalmente para as questões comportamentais e de autogestão. Profissionais estimulados são um incentivo para o desenvolvimento também dos negócios da organização. Acreditamos e incentivamos o desenvolvimento integral das pessoas nas organizações”, explica.
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Achei muito interessante o resultado da pesquisa.
Com base na minha experiência, percebia que muitos gestores tinham bastante dificuldade em “trocar os pneus com o carro andando”.
A meta é mensurável e o acompanhamento pode ser diário, o desenvolvimento das pessoas também é mensurável, mas nem sempre é possível fazer essa medição diária, por isso muitos gestores não se dedicam ao desenvolvimento da equipe ou não conseguem identificar as necessidades.