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Qual o caminho para se chegar aos cargos executivos?

por: Arnaldo Palma
em: Gestão
fonte: Redação
27 de março de 2012 - 0:25

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Eu tenho 20 anos de experiência e passei por nove diferentes empresas nestes anos, fora pequenos negócios, e nestas experiências conheci a história de diversos profissionais, e como chegaram às posições de liderança nas empresas.

Então, gostaria de compartilhar a minha avaliação sobre os caminhos traçados por esses mais diversos profissionais para se chegar aos primeiros níveis de cargos executivos (gerentes seniores e superintendentes), em termos de salário acima de dois dígitos.

Não existem formulas infalíveis, nem verdades absolutas, a idéia é compartilhar experiências e opiniões.

Observei nos meus anos de experiência que existem basicamente dois caminhos para se chegar aos cargos executivos, seguir uma carreira dentro de uma empresa ou fazer uma carreira de projetos, que duram em media 2,5 anos (porque 2,5 anos?*).

No primeiro caso, ou seja, fazer uma “carreira dentro de uma empresa”, pode ser o caminho mais longo, mas com certeza, o menos arriscado, este caminho é possível em grandes empresas e as principais orientações são:

Politicagem é mais importante do que Competência técnica, falar o que as pessoas querem ouvir já é meio caminho andado e respeitar a hierarquia fecha o script;

Postura e estabilidade completam. Buscar estar sempre do lado da solução do problema, ter uma abordagem positiva, pois ninguém gosta de quem só enxerga os problemas, fazer boas entregas também faz parte do sucesso, mas não fazer nenhuma besteira pode garantir uma imagem de funcionário estável e confiável.

No segundo caso, fazer uma “carreira de projetos”, com certeza envolve riscos maiores, e as principais orientações são:

Networking é mais importante do que Politicagem, conhecer pessoas e ser conhecido profissionalmente, ou seja, pelas suas competências, não adianta nada ter determinada capacidade se ninguém souber;

Competência técnica, projetos estáveis ou de sucesso, você precisa de cases que te referenciem para próximas oportunidades, por isso é importante se dedicar ao máximo nos projetos atuais;

Boa formação, faculdades de primeira linha abrem portas e uma ou duas línguas completam o currículo.

* Por que 2,5 anos é o ideal ?. Porque é o tempo necessário para a conclusão de projetos e realização de boas entregas e fica entre o bônus da empresa atual e da futura, ou seja, você não perde participações em lucros.

Existe uma terceira opção, que seria mesclar as duas anteriores, que em minha opinião é a melhor escolha.

Não obstante, acho que o mais importante é viver bem a vida, fazer o que se gosta e ter habilidade para se destacar, e tudo isso não está necessariamente ligado ao sucesso profissional.Conheci pessoas extremamente bem sucedidas e infelizes e outras que não ascenderam profissionalmente ou em seus negócios e tiveram uma vida muito boa, e neste caso cito meu avô que viveu muito feliz em uma pequena propriedade rural sem ambições.

Espero que tenham gostado. E você, qual caminho está seguindo?

Boa sorte a todos!

Arnaldo Palma

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Comentários (5)
  1. É importante ressaltar também, que o apoio de um ótimo Coaching faz toda diferença, digo isso por que graças a uma pessoa que foi um grande mestre para mim tanto no ambito profissional como pessoal, onde me orientou, desde como me vestir, como falar, a importancia da leitura, me apresentou o mundo dos negocios e o mercado financeiro,
    mesmo que naquele momento tudo me parecia grego, mais a semente
    foi plantada, cada palavra foi guardada, e a curiosidade foi crescendo ao longo dos anos, e hoje como gerente de investimentos pleno devo 50% do que sou profissionalmente a esse grande mestre e amigo.
    Valeu Arnaldo Palma.

    Alessandro Rodrigues em 11 de maio de 2012 - 16:41
  2. Arnaldo,

    Qual o caminho ideal a seguir? Cada caso é um caso e cada empresa é uma empresa. Parece redundante, mas é a realidade profissional de cada um de nós.

    Costumo relatar para os meus amigos que tive uma oportunidade impar na minha vida, especificamente em dezembro de 2007, quando fui Gestor do Call Center responsável pelas regiões da BA e SE de uma empresa de telefonia celular e foi quando conheci o Alex em Salvador. Lá ouvi falar pela 1ª vez de celular pré-pago “celular com cartão”. Lembro que naquela época perguntei aos italianos que eram os diretores da empresa se teria que enfiar um cartão para falar no celular.

    Bem, tive a maior mordomia da minha vida: tudo pago, carro à disposição, 2 passagens por mês de ida e volta para Salvador extensivas a minha família, morei nos melhores hotéis, como Quatro Rodas, Meridien, Ondina e porque não havia ainda conseguido apartamento que seria bancado pela empresa durante o 1º ano, alugaram durante o Carnaval 1 apartamento pra mim de 3 quartos com arrumadeira. A empresa ainda patrocinou o Carnaval de Salvador, recebi todos os abadás dos maiores trios elétricos da cidade e curti os 4 dias de Carnaval no camarote da empresa. Detalhe: com tudo “DI GRÁTIS.

    Resumo da ópera: não fui feliz, “não vivi bem” e com isso não obtive $uce$$o profissional. Retornei para o Rio, comecei DI NOOOOVO e até hoje vivo com muito menos daquilo tudo que tive a minha disposição àquela época, porém, sou um profissional realizado, extremamente feliz, porém, ainda não satisfeito porque tenho plena certeza que posso mais e continuo fazendo o que gosto e gostando do que faço.

    Assim sendo Arnaldo, concordo com as suas orientações, mas digo, sinceramente, não existe receita para a massa não desandar. Cada caso é um caso e cada empresa literalmente é uma empresa. O que vale é estar no momento certo e na empresa certa. O dia a dia você toca com a experiência nos diversos anos de experiência adquirida. O fundamental é você desenvolver um excelente relacionamento interpessoal em todos os níveis e saber recuar e se expor quando necessário, porém, jamais se acovardar diante dos desafios inerentes à função. Você sabe que são poucos os profissionais que hoje em dia ocupam cargos de gestão que têm bala na agulha para enfrentar os desafios deste segmento como o nosso que não permite rotina. Tem que ter DNA para estar à frente de uma operação, porque se não você literalmente pira. Sabe por quê? Porque o seu insumo são pessoas e a sua área é a ponta do iceberg de qualquer empresa. Se não existirem políticas de RH, processos bem desenhados, procedimentos ajustados e tecnologia, é o seu setor que não funciona. Não é a empresa, é o seu Contact / Call Center.

    VAMU QUI VAMU!!!

    Abraço,

    Cyrico

    Cyrico em 27 de março de 2012 - 22:51
    • Cyrico,
      Obrigado por fazer o comentário, concordo com você “não existe formula mágica”, e trabalhar nesse setor é um desafio mesmo, a minha proposta é fazer as pessoas pensarem sobre o tema e achar o próprio caminho.
      Um grande abraço,

      Arnaldo Palma

      Arnaldo Palma em 28 de março de 2012 - 19:12
  3. Olá Arnaldo,
    Parabéns pelo artigo.
    Realmente há muitos caminhos para o chamado “sucesso”, mas com você mesmo acentuou, o melhor disso tudo é “se divertir” e ter certeza de que se tem as habilidades necessárias para assumir uma função de gestão executiva, conheço muitos bons especialistas técnicos que também ganham salários de dois digítos e seriam péssimos gestores, caso mudassem de atuação.
    Cada qual precisa reconhercer de fato “o que melhor faz” e potencializar esse “dom”, com cursos, networking, para garantir uma evolução profissional.
    Abraços
    Angelica

    Angelica Balthasar em 27 de março de 2012 - 12:37
    • Angelica,
      Fico feliz que tenha gostado! E você tocou em outro ponto extremamente importante, que tipo de carreira a pessoa deve seguir, ser um especialista ou um gestor, e a resposta é conhecer a si próprio como você disse, vou pensar em um artigo sobre o tema.
      Abraço,

      Arnaldo Palma

      Arnaldo Palma em 28 de março de 2012 - 19:18

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