De queridinho a Papai Noel, confira quais são os comportamentos bajuladores mais frequentes nas empresas
Por: Camila Pati
Os puxa-sacos incríveis e onde habitam? Não, eles nada têm de incríveis. São bem reais e habitam empresas mundo afora. Seu tipo é adorado pelo cinema e marca presença em séries como a inglesa The Office e sua versão estadunidense, na pele de Gareth Keenan e Dwight Schrute, respectivamente.
Inadequação é a palavra-chave para definir o seu comportamento. Considerados chatos e não confiáveis pelos colegas seu destino é um só caso não sejam a maioria na empresa. “Acabam sendo isolados e maltratados pelo restante da equipe”, diz Lucas Oggiam, gerente da Page Personnel.
O isolamento é um sinal a ser levado em consideração por aqueles que desconfiam ter famigerada pecha. “No Brasil, dificilmente um colega vai falar que a pessoa está sendo considerada puxa-saco”, diz Oggiam.
Por isso, a importância da leitura do ambiente de trabalho, ação fundamental também para não ser mal interpretado. É que a regra geral para não ser um puxa-saco não é lá muito objetiva: bom senso.
Isso porque não é possível estabelecer um limite com tantas diferenças entre as dinâmicas de comunicação e relacionamento dentro das empresas, diz o especialista. Mas sua recomendação vale para todo mundo: agir com respeito e ter postura corporativa. “Antes de tentar chamar a atenção, observe como as pessoas se comportam naquele ambiente”, indica.
A seguir, confira os seus tipos mais comuns de funcionário puxa-saco classificados de acordo com seus comportamentos mais irritantes:
1. O queridinho
Seu lema é agradar e chamar a atenção por isso. É o tipo mais perigoso e nocivo de puxa-saco, na opinião do gerente da Page Personnel. “Esse cara é um problema, coloca uns contra os outros”, diz. Apontar o dedo para a falha dos outros é sua marca e costuma fazer isso na frente do chefe. No fundo seu objetivo é provar que tem senso de dono do negócio, que é responsável e que tem habilidade de liderança. Quando ardiloso e bem articulado não é pego e pode até alavancar a carreira, ainda que de forma irregular.
2. O papagaio
Já se pegou repetindo as mesmas frases do chefe? O puxa saco papagaio faz isso. De chavões a comentários genéricos, propaga tudo que o gestor diz. É um imitador por excelência, emula comportamentos e frequenta os mesmos lugares. Também adora compartilhar as citações de palestrantes famosos.
3. O hiperatarefado
À primeira vista é o que mais trabalha da equipe. Está sempre falando sobre seus mil projetos, relatórios e apresentações. Em resumo: hipervaloriza seu expediente. Olhando de perto, está ocupado só na hora de ajudar os outros. Para o chefe se mostra disposto e motivado para começar novos trabalhos.
4. O sabe-tudo
De assuntos menores à tomada de decisão, eles sempre têm a verdade em sua boca. No entanto, seu conhecimento não é profundo e sua atitude é arrogante. São comuns entre profissionais da geração Y, segundo Lucas Oggiam.
5. O cérebro blindado
Esse sim é um expert. O problema é que não compartilha conhecimento com a equipe com medo de que outros tenham mais oportunidades do que ele. Por isso reserva sua sabedoria e experiência para impressionar os chefes.
6. O Papai Noel
Dá as caras no fim do ano. Travestido de generoso e preocupado, compra lembrancinhas e lanchinhos para ganhar o coração do seu gestor.
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