Por: Isaac Zetune

Reputação é o que há de mais sagrado no mundo do branding. O maior objetivo desse modelo de gestão é buscar valor para marca, de modo que ela crie uma reputação positiva em seu mercado e, com isso, gere a confiança necessária do seu público para consumi-la e multiplicá-la. E podemos pensar assim visando nossa reputação pessoal. A ferramenta de gestão para isso é o que chamo de personal branding.

Diferente do marketing pessoal, que busca estratégias para suprir demandas e necessidades do mercado (difícil pensar assim para uma pessoa, mas trata-se de uma definição pura do termo) ou que pode ser considerado o conjunto de atitudes para “vender” uma imagem, personal branding consolida-se como um modelo completo de gestão da sua própria imagem.

Nesse formato, o maior objetivo é criar uma reputação favorável para sua marca pessoal no seu ecossistema de atuação, para que você tenha mais facilidade na conquista dos seus objetivos, que acaba sendo uma consequência desse modelo de gestão pessoal.

Nossa marca pessoal é construída a partir dos valores, posturas, atitudes, competências e habilidades que temos e que desenvolvemos, sempre partindo dos nossos propósitos e ideais de vida e aquilo que queremos conquistar. Já parou para pensar quais são os seus? Quais suas causas? O que quer deixar de legado para as próximas gerações? Como você está contribuindo com o seu mercado? Como quer que as pessoas o vejam daqui 3 anos? E daqui 10? Como fazer as pessoas reconhecerem isso? Como estabelecer um relacionamento confiante e saudável com os seus públicos?

Respondendo a essas perguntas e refletindo bastante sobre esses itens, certamente você pode começar a planejar a construção da sua reputação, desde seu DNA e essência (sim, é um exercício de autoconhecimento), até como praticar e comunicar aquilo que quer que seu público perceba e sinta. São alguns passos para você aderir ao personal branding.

Mais storydoing, por favor!

Assim como para as empresas, hoje em dia, a força da nossa marca pessoal não está mais naquilo que dizemos sobre nós, mas sim naquilo que praticamos e no que os outros dizem sobre nós. Quando dizemos algo e prometemos, mas não realizamos, estamos assassinando a nossa reputação. Já, quando praticamos algo que faz a diferença, sem antes inflar nosso público de expectativas, estamos promovendo a nossa imagem, agregando valor a ela e construindo uma reputação positiva.

O impacto disso é um inter-relacionamento mais favorável com os públicos de interesse. Por exemplo, se você é gerente de projetos de marketing e comunicação e busca construir uma imagem positiva, inclusive praticando atitudes e hábitos compatíveis com as percepções que quer passar, certamente terá mais confiança do seu cliente e será mais fácil se relacionar no dia a dia, na aprovação de um projeto ou na prestação de contas do seu serviço.

Mas, como?

Não há fórmula mágica, mas sim uma postura de buscar evolução e melhorias em todos os aspectos ligados aos valores e propósitos que sua marca pessoal deve transmitir. E isso varia muito de mercado para mercado. Seguindo o exemplo citado, atuando na liderança de projetos de marketing e comunicação,é essencial estar antenado às tendências, ter conhecimento (ao menos teórico) das áreas, disciplinas e ferramentas, absorver estudos e referências a todo momento, ser organizado, se comunicar bem, ter resiliência e formar opinião. E o mundo está carente de formadores de opinião!

Talvez esse seja o ingrediente central dessa receita que não existe, porque quando formamos opinião, estamos desenvolvendo personalidade para nossa marca pessoal, contribuindo com algo, deixando registrada nossa opinião que, posta com contundência e argumentação e sendo praticada, gera credibilidade e confiança para nossa imagem, contribuindo para a ampliação do nosso bem mais valioso, nossa reputação.

CADASTRE-SE no Blog Televendas & Cobrança e receba semanalmente por e-mail nosso Newsletter com os principais artigos, vagas, notícias do mercado, além de concorrer a prêmios mensais.