Consultora destaca aspectos na fala, na roupa, no currículo e nas redes sociais que comprometem o participante do processo seletivo
Por: Rachel Sciré
Existem algumas atitudes que são imperdoáveis no momento da seleção. Para que você não cometa nenhuma delas, desavisadamente, o ClickCarreira conversou com Eline Kullock, presidente do Grupo Foco, e descobriu o que desclassifica um candidato na fala, na roupa, no currículo e nas redes sociais. Confira a seguir!
Na fala
Palavrão, gírias em excesso e erros gramaticais reprovam um candidato. Para Eline, usar linguajar muito coloquial demonstra que o candidato não consegue separar vida pessoal e profissional. “Esses termos, como ‘véio’ ou ‘na boa’, você usa com seus amigos, não no dia a dia da empresa”, diz. Por sua vez, erros com o idioma indicam que o candidato lê pouco, já que a norma culta é assimilada por meio dos textos e não com o uso coloquial da língua.
Além disso, a consultora destaca a importância de policiar o tom da voz na entrevista. “Há quem fale alto demais, sem perceber, quem permaneça sempre no mesmo tom ou se expresse com voz muito baixa, o que pode sugerir baixa energia do candidato e entediar o entrevistador”, explica.
Na roupa
“Você não pode ir para uma entrevista de emprego como se estivesse com amigos, em uma balada ou na praia”, diz a especialista. Decotes, saias curtas, maquiagem em excesso, para mulheres, camiseta, bermuda, chinelos ou tênis, para homens, podem comprometer a imagem que será percebida pelo recrutador. Eline é enfática: “Só quer chamar a atenção pela sensualidade quem não consegue mostrar competência.”
A consultora lembra uma ocasião em que o candidato chegou para a entrevista de chinelos. Como o calçado chamou muita atenção, ela logo perguntou o motivo da escolha e descobriu que ele estava com o pé machucado. “Recomendei que, da próxima vez, ele se adiantasse e explicasse o motivo ao recrutador, de antemão, caso contrário, poderia ser eliminado.”
No currículo
Um currículo muito extenso, com experiências megalomaníacas e autoelogios queima o filme. “Você deve contar seus feitos, mas de maneira sucinta e sem encher de adjetivos”, ensina Eline, que também aponta que um currículo longo demais pode indicar falta de foco por parte do candidato. “Duas páginas são o máximo, ainda mais se você estiver começando”, diz.
Outros aspectos que prejudicam são currículos excêntricos, em papeis coloridos, com mensagens de cunho religioso ou de autoajuda, fontes que dificultam a leitura, entre outros aspectos relacionados à apresentação visual do documento.
Nas redes sociais
“Hoje em dia, as pessoas têm um problema com superexposição nas redes sociais”, diz a consultora. É preciso tomar cuidado ao deixar intimidades, imagens comprometedoras e mensagens abertas. “Não pega bem colocar fotos bêbado ou se insinuando, se o recrutador pode ter acesso a sua página.”
“Além disso, é preciso estar atento para não ficar simplesmente criticando o chefe, a empresa ou os colegas de trabalho na rede”, diz. “A tendência é você imaginar que o candidato também vai reclamar ali dos problemas da nova empresa em que for contratado.”
Comentários preconceituosos, de baixo calão e brincadeiras de mau gosto são outros fatores que comprometem a sua imagem profissional.
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