Há quanto tempo não recebemos mais as correntes por e-mail que tinham um arquivo PowerPoint, geralmente um auto executável, com uma mensagem cheia de animações alucinadas, imagens sem sentido, fotos de gatinhos sendo fofos ou um monte de GIF animado enfeitando os cantos dos slides? Ahn, e a música, essa danada, sempre presente.

Por volta desse período o PowerPoint passou a ser odiado, culpado pelas apresentações horríveis que cruzavam a vida das pessoas. Estariam todos errados em culpar um software, movido apenas por um usuário (humano, diga-se de passagem), de todas as apresentações feias serem feias por sua causa?

Sim, errados por completo.

Uma das modas que ainda persiste no comportamento das pessoas é culpar o PowerPoint por uma apresentação ruim, ou considerar o software como sinônimo de baixa qualidade. Assim como não podemos culpar a televisão pelos programas ruins (o controle remoto está em seu poder, sempre) ou a timeline de nossas redes sociais (é você, novamente, quem escolhe as pessoas e empresas que quer seguir), devemos abaixar o dedo na hora de acusar o PowerPoint.

Aliás, qualquer software. Uso o PowerPoint por ser o mais conhecido e popular, porém ainda temos Keynote e Prezi, mais recente software de apresentações que tem dividido opiniões entre profissionais de diversas áreas. As ferramentas estão á disposição do usuário, este sim o verdadeiro responsável pela qualidade de sua apresentação.

Como evitar a má qualidade de uma apresentação? Planejamento. O processo de desenvolver sua apresentação antes de escolher o software é fundamental para você entender com maior profundidade o assunto que irá abordar e, principalmente, o objetivo de sua apresentação.

Sem um objetivo, sua apresentação não será nada.

Lembre-se: softwares de apresentação nunca tiveram o objetivo de transformá-lo em um ótimo apresentador, mas apenas e unicamente oferecer o melhor suporte visual para sua mensagem, visando alcançar melhores resultados.

Independente do barco (software), é o capitão (apresentador) que planeja a rota marítima (fluxo de informações até a mensagem principal), estuda as condições climáticas (análise de audiência) e chega até seu destino (objetivo da apresentação, a mensagem comunicada com excelência para sua audiência).

Sem planejamento, sua apresentação sofrerá um verdadeiro naufrágio, com a diferença que nenhum dos slides gritará para você vada a bordo, cazzo.

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