Por: Sergio Luz
Ao longo de um mês de trabalho, o profissional brasileiro faz aproximadamente dezesseis reuniões. Isso mesmo: praticamente uma a cada dois dias. Claro que isso é uma média, diria até que bem conservadora. Conheço empresas onde os principais executivos passam boa parte do dia trancados nesses encontros, sendo que boa parte deles são totalmente improdutivos, por não terem objetivos claros. O exagero do recurso e o descontrole permitem a proliferação de profissionais que ninguém sabe direito o que fazem na estrutura, mas vivem bufando entre os andares, de laptop na mão, rumo ao próximo compromisso dentro da firma. A seguir, listei alguns tipos da fauna corporativa que proliferam nas reuniões:
O TIGRE DE REUNIÃO. É o rei do encontro. Quando abre a boca, possui ideias e soluções para tudo. Quem não o conhece fica intimidado com tamanha eloquência. Ele nunca perde a oportunidade de interromper os colegas para demonstrar que tem algo a dizer sobre qualquer assunto, do problema dos custos das impressoras da firma à crise de refugiados da Europa. Quando termina o encontro, o Tigre de Reunião entra em estado de hibernação. É incapaz de tirar do papel qualquer das sugestões que apresentou. Só acorda na hora da próxima reunião.
O AMIGO DA ONÇA. Seu departamento está longe de fazer as metas do ano? O sujeito finge que o negócio não é com ele e, na frente de todos, promete cobrar os subordinados. Qual o status daquele projeto importante do setor que ele chefia? Sua resposta padrão: “Vou mandar um email ao meu time para saber em que pé o negócio está”. Faz isso sem nunca ficar corado.
A HIENA HARDY. A exemplo do bichinho do desenho, anda com uma nuvem carregada sobre a cabeça. Ó vida, ó dor… É o reclamão do escritório. Nunca faz críticas construtivas. Só abre a boca para dizer que nada vai dar certo ou que aquela ideia já foi tentada inúmeras vezes, sem sucesso…
O MACACO SABIDO. Os colegas de reunião fazem parte de seu show. Não importa o tema do encontro. Quando pede a palavra, é certo que vai se gabar dos seus projetos concluídos. Na fauna corporativa, no entanto, só o burro não desconfia dos números e dados que o Macaco Sabido costuma apresentar atestando o “sucesso” de sua área.
O BICHO-PREGUIÇA. Chega sempre 15 ou 20 minutos atrasado. Além de desrespeitar quem foi pontual, obriga os colegas a repassar os tópicos que havia perdido.
O JACARÉ DIGITAL – Como um réptil na lagoa, fica imóvel, sem dar palpites a maior parte do tempo. Porém, ao observarmos com atenção, percebemos que ele fisicamente está na reunião, mas acompanha as ultimas noticias no tablet, os e-mails no celular, e, mais recentemente, seus grupos de WhatsApp pelo smartphone.
O POLVO GUARDA CHUVA – Parece ter mais braços que o restante do time. Fala de quase dez assuntos ao mesmo tempo, com dez pessoas diferentes. Mas dificilmente se aprofunda na pauta da reunião.
O PAVÃO HIGH TECH – Participa da reunião com a asa aberta a maior parte do tempo e um ar de superioridade, usando pencas de termos de TI e jargões de tecnologia que ninguém consegue entender.
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