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15 de setembro de 2014 - 18:02

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Presidente do conselho do Itaú Unibanco valoriza a formação acadêmica, mas se interessa mais pela história que cada candidato tem para contar; entenda

Por: Talita Abrantes

Com Yale e a Universidade da Califórnia na base da própria carreira, Pedro Moreira Salles, presidente do conselho do Itaú Unibanco, presta uma atenção extra ao campo formação acadêmica dos currículos dos jovens que cruzam o caminho dele na busca por uma oportunidade profissional em um dos principais bancos do país.

Não é por acaso. “Quem decide ir para uma boa escola mostra a ambição de estar inserido em um contexto onde nada é fácil. Um lugar em que ele tem que se provar”, disse o empresário em palestra online realizada na manhã de hoje em mais uma edição da série Na Prática, organizada pela Fundação Estudar.

Isso não significa que quem não entrou em uma das melhores universidades do país – ou do mundo – tem poucas chances de trabalhar na instituição.

Se este for o caso, Salles é categórico ao afirmar que é preciso ter uma boa explicação. “Para o talento no estado puro até a educação pode ser algo secundário”, admitiu.

Por tal motivo, o empresário afirma que sempre procura, antes de tudo, conhecer a história de cada candidato. Ao destrinchá-la, ele busca por elementos que provem garra e determinação.

“Pode ser uma pessoa que fez um esforço adicional para compensar as lacunas na formação ou um sujeito que tinha tudo, mas fez o mesmo esforço e não achou que por ter privilégio não tinha obrigação”, afirmou.

Formação no exterior

Apesar da própria vivência internacional, Salles admitiu que estudar ou morar no exterior não é requisito básico para ser um executivo de sucesso. Agora, quem aposta em uma experiência do tipo tem diante de si a oportunidade de vencer as próprias fronteiras.

“Às vezes, você é o melhor aqui, lá fora, vai ter muitos iguais a você ou até melhores”, afirmou. “Do ponto de vista geral, este choque de realidade é importante. Sair do que você conhece, da sua zona de conforto”.

O que não conta

Por outro lado, o empresário dá pouca importância para a questão de trabalho voluntário na hora de selecionar um candidato.  Segundo ele, a estratégia já virou “arroz com feijão”.

“As pessoas vão trabalhar na comunidade XPTO para dar mais uma linha no currículo”, afirmou. “Às vezes, tem gente autêntica. Às vezes, é só para mostrar que tem algo a mais”.

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