De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, assédio moral é caracterizado pela prática de atos cruéis, desumanos e sem ética, praticados por um ou mais chefes contra seus subordinados.

Trata-se da exposição de trabalhadores a situações vexatórias, constrangedoras e humilhantes durante o exercício de sua função. É o que chamamos de violência moral, que visa desqualificar e desestabilizar emocionalmente a relação da vítima com a organização e o ambiente de trabalho, colocando em risco a saúde da vítima e a atuação da empresa.

Tipos de assédios moral no ambiente de trabalho

Existem diferentes tipos de assédio moral, presentes no ambiente de trabalho. Confira quais são eles e como identificá-los:

Assédio descendente

É o tipo de assédio mais comum no meio corporativo, e é realizada de superiores para subordinados. Sua principal característica é a promoção do descontrole e desequilíbrio emocional do colaborador, levando-o a pensar que não é um bom profissional e que não está alcançando os resultados almejados pela empresa.

Assédio ascendente

Ao contrário do assédio descendente, ele ocorre de subordinados a seus superiores, sendo caracterizado pela presença de profissionais gananciosos e interesseiros, que não medem esforços para derrubar e conquistar o lugar de seus chefes.

Assédio horizontal

Este é tipo de assédio moral acontece entre colaboradores do mesmo nível hierárquico, e se caracteriza por comentários de mau gosto, fofocas no ambiente de trabalho, boatos ofensivos e mentirosos, apelidos, ridicularização e humilhação entre colegas de trabalho.

Assédio Misto

Trata-se de um tipo de assédio moral que acontece entre superiores e também entre colegas de trabalho, com as mesmas características do assédio horizontal.

Etapas do assédio moral

Normalmente, os assédios presentes no ambiente de trabalho passam por quatro etapas:

Primeira fase

A primeira fase é marcada por atritos, discórdias e discussões entre colegas ou superiores devido a divergências de opinião — muito comuns em qualquer empresa ou organização. Estes problemas normalmente conseguem ser resolvidos na base do diálogo e, quando não, dão início a conflitos maiores caracterizados no próximo tópico.

Segunda fase

É na segunda fase do assédio moral que o “agressor” começa a humilhar, menosprezar e rebaixar a vítima, que tenta esconder o que acontece de todos a sua volta.

Terceira fase

Na terceira fase, os assédios tomam uma proporção maior, tornando necessária a interferência da organização para tentar resolver ou amenizar os conflitos — seja com a demissão do agressor ou mudança de ambiente dos dois colaboradores para que o problema seja sanado.

Quarta fase

A quarta fase é a mais grave. Ela acontece quando a vítima toma atitudes mais drásticas, como abandonar seu local de trabalho, processar a empresa e seu agressor e até mesmo tentar suicídio.

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