Processos seletivos são frequentemente criticados, especialmente quando os responsáveispelos mesmos não fornecem retorno aos candidatos sobre os resultados, o famoso feedback.A frequência das reclamações parece não reduzir os casos de insatisfação
Por: Fernanda Monsores
Não ser aprovado em um processo seletivo pouco profissional, ou seja, no qual os candidatos esperam mais do que 30 minutos para serem atendidos, são questionados por assuntos pouco relacionados à função para a qual se candidatam, são entrevistados por profissionais que nitidamente não leram seus currículos, entre muitas outras situações, possui um lado positivo: é muito provável que situações de desrespeito sejam bastante toleradas no dia-a-dia desta organização.
Agora, se você é atendido dentro do horário combinado, em um ambiente agradável onde o profissional responsável pelo processo demonstra genuíno interesse por sua trajetória profissional e ainda busca descobrir como ela estaria alinhada com a oportunidade em questão: torça para ser aprovado, mas se não for, é provável que receberá uma resposta gentil sobre sua reprovação.
Verificamos que empresas que lidam com tranquilidade com altos índices de rotatividade de seu quadro de colaboradores, recebem muitos candidatos com baixo índice de escolaridade e baixos níveis de renda. Eles sabem discernir entre o que é ser tratado com gentileza e educação e o que é desrespeito, mas a condição de desempregados ou muitas vezes a baixa capacitação profissional, acaba colocando-os em uma posição que exige alta tolerância a todo tipo de desrespeito. Esta é uma questão importante retratada no velho ditado: “a corda sempre arrebenta para o lado mais fraco”, assim acabam, por vezes, tolerando atitudes intoleráveis.
Enquanto os executivos das empresas continuarem aceitando que seus líderes permitam desrespeito em seus locais de trabalho e o RH seguir como um mero reprodutor desta cultura, e não um promotor de mudança, vamos continuar a ouvir histórias escabrosas sobre processos seletivos vexatórios.
Se o RH não for estratégico nem mesmo dentro de seus processos estará cada vez mais longe de tornar-se um parceiro dos negócios, e ao contrário, contribuirá para o fracasso do mesmo.
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