Recentemente, assistindo ao trailer do novo filme “Blade Runner 2049” que será lançado neste mês nos cinemas, revivi em minha memória quando, ainda criança, assisti ao filme que originou esta continuação, lançado no longínquo ano de 1982.
Na época, lembro que o filme causou de certa forma uma melancolia aos espectadores por retratar como estaria o nosso planeta no ano de 2019: ao mesmo tempo que decadente, poluído e violento, com degradação material e moral, exibiu uma tecnologia ultra avançada com carros voadores, androides fortes e com inteligência semelhante ao homem criados por engenheiros genéticos, e ainda, colônias com exploração de escravidão fora da Terra.
É claro que estamos falando de uma obra de ficção, porém, não há dúvida que o autor quis retratar a sua percepção do futuro levando em consideração os avanços tecnológicos da época, até porque, eu lembro bem que o “distante” século XXI gerava muitas dúvidas e aflições, inclusive com possibilidade de grandes catástrofes de extermínio da civilização.
Sem mais delongas, estamos chegando ao final de 2017 com poucos passos para 2019, tendo a constatação que dispomos hoje de uma tecnologia de ponta que facilita e integra a vida dos consumidores e da sociedade, mas longe ainda de acesso fácil a carros voadores, robôs domésticos com inteligência semelhante à nossa, sem contar que ainda não conseguimos pisar em Marte.
O ponto principal da reflexão que trago aqui é que o futuro sempre será duvidoso e incerto, e quanto mais aflições tivermos dele, menos conseguiremos avançar no presente.
Faço esta afirmação pois hoje está acontecendo um “terrorismo” sobre o futuro das profissões nas mídias e redes sociais, com as profecias mais desanimadoras possíveis, dando realmente a impressão que 100% da sociedade viverá em breve na frente da tela de um celular para trabalhar e “viver experiências”, não havendo qualquer necessidade de se locomover para ter acesso aos produtos e serviços.
Há uma questão que entendo de suma importância nisto: não há precisão se realmente será esta a decisão da totalidade dos clientes no mercado de consumo. Para dar um exemplo prático, por amar tecnologia, eu pago contas em internet banking com segurança desde 2001, não abro mão de embarcar no aeroporto e utilizar transportes por meios de aplicativo de celular, entretanto, prefiro comprar roupas numa loja física. Esta é a minha decisão como cliente.
Aonde eu quero chegar: há um longo caminho para as transformações que acontecerão no mercado, pois temos muito ainda a evoluir nos processos de CRM (Customer Relationship Management) ou Gestão de Relacionamento com o Cliente, ou seja, tudo que estamos ouvindo até agora são tendências imprecisas do futuro semelhantes ao que foi sugerido no filme Blade Runner de 1982.
Quanto ao profissional do mercado, o qual me incluo, devemos nos questionar: como estão os nossos relacionamentos com as pessoas? Eu ouço as principais notícias do dia e reflito sobre o impacto delas na minha vida? Eu consigo inspirar, mesmo que minimamente, alguém? Eu dou “bom dia” de forma espontânea para todas as pessoas que cruzam o meu caminho, independente da sua classe social, crença e modo de vida? Eu me esforço para ouvir por alguns minutos alguém em desespero e faminto e ofereço algo para ele comer?
Como ainda somos de carne e osso, há realmente um longo caminho pela frente!
Abraços e até a próxima!
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