É notório que o desemprego assola todo o território nacional por um longo período jamais experimentado. Mesmo considerando o crescimento proporcional da população nas últimas três décadas, nunca tivemos uma situação de recessão deste porte, atualmente com quase 14 milhões de pessoas aptas sem oportunidade de trabalho.
Sem qualquer pretensão de afirmar que isto me faça parecer uma pessoa melhor, há algo que sinto muito orgulho de ter praticado em toda minha carreira: ajudar de alguma forma, tanto direta como indiretamente, profissionais a se recolocarem no mercado.
Pode-se entender como ajuda contratar pessoas que talvez não cumprissem rigorosamente os requisitos obrigatórios para a vaga, porém, sempre obtive bons resultados quando apostei nas pessoas após uma boa e produtiva conversa pessoal, valorizando o momento “olho no olho” com o candidato.
Neste momento, o líder deve estar completamente despido de todos os tipos de preconceitos em relação ao candidato: idade, formação familiar, gênero sexual, raça, crença, etc., afinal de contas, você está conversando com um ser humano que tem as mesmas necessidades materiais e de dignidade que a sua!
O mais importante e fundamental, em minha opinião, é identificar a vontade de trabalhar e o que o candidato aspira, num futuro próximo, com a oportunidade a ser concedida.
O líder também não pode viver com ressentimentos. Lembro-me, inclusive, de uma situação totalmente inusitada para muitos: numa das transições de empresa que eu tive, eu cheguei a contratar um profissional que havia citado o meu nome, de forma injustificada, numa ação trabalhista que ele havia movido em face à empresa anterior, mas após reconhecer o equívoco e não obter êxito, ele me procurou na nova empresa e pediu uma oportunidade de trabalho. Por apreciar e valorizar a sua atitude de muita humildade e franqueza, não hesitei em contratá-lo!
Outro ponto que eu considero importante também, em minha visão: boa parte dos líderes quer e deseja pessoas prontas, com enorme capacidade intelectual e inúmeras qualidades descritas no currículo, mas como tem pressa em contratar e não valoriza a conversa pessoal inclusive para avaliar de forma preventiva o comportamento e conhecimento prático da pessoa, acaba muitas vezes inserindo em sua equipe alguém que além de poder desagregar e conturbar o ambiente com os demais colegas, acaba não entregando o resultado pretendido.
Em relação à ajuda indireta, como sempre tive uma rede de networking consistente, quando eu não podia contratar ou não havia vagas disponíveis na empresa, na medida do possível, eu sempre me esforcei para indicar profissionais que precisavam de recolocação aos colegas do mercado.
Atualmente, mesmo morando há alguns anos em outro Estado, eu continuo, com muito prazer, a indicar aos colegas da minha rede de contatos, profissionais de São Paulo e outras regiões que me procuram pelas redes sociais.
Por fim, sabemos que a vida de quem está formalmente empregado é muito atribulada e pensar no outro fica mais difícil, mas se cada um dedicar um pouco mais de tempo para ajudar e indicar pessoas que precisam de trabalho, acredito que poderíamos amenizar, o mínimo que seja, esta situação tão degradante que vivem os brasileiros.
Abraços e até a próxima!
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