Amigos leitores, convido todos a fazerem a seguinte reflexão: imagine você estar prestes a completar 46 anos de idade, trabalhando num grande grupo empresarial, com uma carreira consistente em cargos de gestão, e recebe a notícia que você foi desligado por conta da gravíssima crise que a empresa enfrentou no último ano. Pois é, isto aconteceu comigo!
Segundo a classificação da OMS (Organização Mundial da Saúde), a meia-idade compreende o período entre 45 e 59 anos.
O ocorrido foi em janeiro de 2020. Diante das opções que eu tinha naquele momento, morando fora de São Paulo, comecei a oferecer trabalhos de consultoria e palestras para empresas, o que pareceu muito promissor com os retornos que eu tive. Porém, em março, foi declarada a pandemia pela OMS.
Lembro-me que no dia 13 de março daquele ano, eu estava no aeroporto de Congonhas voltando para casa após visitar um cliente potencial, quando me deparei com pessoas já usando máscaras de proteção antes do fatídico lockdown mundial.
Não preciso nem comentar que as parcerias que eu fechei foram logo interrompidas, e com isto, o que eu recebia, mal pagava as despesas básicas da minha casa.
Para resumir a história, após um “longo inverno” de muita instabilidade com trabalhos pontuais, retornei para o nosso segmento de cobrança no segundo semestre de 2021, no momento de arrefecimento da pandemia.
Eu decidi compartilhar de forma sucinta o que ocorreu comigo na prática para falar sobre o etarismo sob duas vertentes: a do profissional e das empresas.
Sobre o profissional, a primeira coisa que me vem à mente é a construção da nossa carreira. Muitas vezes, os profissionais negligenciam o trabalho de networking positivo quando estão bem posicionados nas empresas, e quando ocorre uma situação de crise e há o rompimento da relação contratual, o desespero pode vir à tona.
No meu entender, a pessoa que trabalhou arduamente durante sua vida, atuando de forma extremamente ética nas organizações, que contribuiu para o crescimento daqueles que geriu, além de estar sempre muito antenado com tudo que acontece no mundo e nas organizações, não deve ter medo ou receio de nada.
Se tem uma coisa valiosa que eu aprendi, foi como me posicionar, tanto profissionalmente, como nas redes sociais. Na minha humilde visão, muitos pecam por defenderem pontos de vista taxativos e abordando assuntos de forma agressiva, gerando uma exposição totalmente desnecessária e nociva.
Sobre as empresas, há ainda o receio de contratar um profissional experiente, mais por causa de eventuais vícios e da nostalgia do passado que ele leva consigo. Numa entrevista, é importante o profissional estudar previamente o posicionamento da empresa no mercado e apresentar soluções prévias de como pode contribuir para alavancar resultados.
Também na minha experiência prática, tive oportunidade de contratar por diversas vezes profissionais de meia-idade e obtive resultados maravilhosos, tendo até hoje uma relação de profundo respeito e carinho com estas pessoas.
Por fim, como na física, para toda ação, há uma reação. Tudo aquilo que você semeia durante a vida, a colheita virá. Trabalhe sempre para que ela seja frutífera, por mais percalços que possa encontrar no caminho.
Abraços e até a próxima!
CADASTRE-SE no Blog Televendas & Cobrança e receba semanalmente por e-mail nosso Newsletter com os principais artigos, vagas, notícias do mercado, além de concorrer a prêmios mensais.